Quantas vezes você já se pegou esperando um momento ideal para ser feliz? Estamos cercados por imagens que nos vendem um futuro perfeito, uma felicidade que sempre parece estar um pouco mais adiante. Talvez no emprego ou naquela casa dos sonhos, no relacionamento ideal, no corpo perfeito…
Muitas pessoas se sentindo infelizes e confusas porque compraram uma ideia de felicidade “pronta”, idealizada, e por não a encontrarem não veem valor na sua caminhada. Mas a felicidade não está no destino e sim na jornada; ela se revela nas pequenas escolhas que fazemos todos os dias e na aceitação da vida como ela é agora.
Quando enfrentamos tempos difíceis, é natural sentirmos que algo em nossa vida foi destruído e muitas vezes ficamos em ruínas. Pode ser uma amizade que se desfez, um relacionamento que terminou, uma cidade que deixamos, um emprego que se perdeu, uma mudança que veio de repente. E diante dessas situações, muitas vezes não conseguimos sair do ciclo de sofrimento porque estamos presos na foto que fizemos dos momentos vividos ou então, nos fixamos em um futuro idealizado, esperando que algo maravilhoso aconteça para, só então, vivermos plenamente. Mas o passado é como uma foto antiga que registrou um momento que não existe mais e o futuro ainda é uma foto em branco.
Acredite, todo momento é único e não acontece duas vezes.
Se ficamos presos à nostalgia ou à idealização do amanhã, deixamos de olhar a vida acontecendo agora, e tendemos a nos concentrar naquilo que falta. E posso te dizer: a vida vai passar sem você realmente perceber e viver.
Mas e se, em vez disso, diante de uma situação em que você se sente em ruínas, você olhasse ao redor para ver o que ainda está de pé? Talvez perceba que muita coisa foi destruída — seu emocional, suas estruturas —, mas reconstrua a partir daí e lembre-se: você não está sozinho, peça ajuda. Quando estamos atentos, conseguimos trazer à consciência a “matéria-prima” que ainda temos agora — mesmo que seja algo modesto — e usar isso para recomeçar. A felicidade, afinal, também está em reconhecer o valor do que temos, por menor que pareça, e usar isso como base para o próximo passo.
A Felicidade Está na Caminhada, Não no Destino
Cuidado com as armadilhas dos pensamentos “seremos felizes quando…”. Quando conseguirmos aquele cargo, quando tivermos mais dinheiro, quando formos amados da maneira como imaginamos. Podemos encontrar a felicidade ao longo do caminho, nas pequenas escolhas que fazemos e na atenção a cada momento vivido. Podemos encontrar a alegria nas coisas simples, na nossa capacidade de simplesmente estar onde estamos, no aqui e agora.
Aceitar o momento presente é um ato de coragem. Significa abraçar o que está diante de nós, com suas imperfeições e desafios. Isso não quer dizer que devemos desistir de nossos sonhos ou nos contentar com pouco, mas sim reconhecer a vida como ela é e tomar posse de nossas escolhas, com leveza e clareza. Cada escolha consciente, cada passo dado com atenção plena, nos aproxima de uma vida mais autêntica e plena.
E lembre-se, a vida acontece no agora, onde você está.
Respostas de 4
Que texto lindo e necessário, e que orgulho de trabalhar com essa pessoa linda em todos os sentidos… 🥰
Com certeza, aceitar o momento presente é um ato de coragem e também de ter a possibilidade de viver algo maravilhoso 💛
Verdade, em alguns momentos da minha vida passei não notar coisas importantes e simples que antes dava valor, porém cai em mim e percebi o quanto desperdicei sonhando e não aproveitando o AGORA, dou valor para cada risada, tristeza adquirida, o texto contempla meu pensamento e me dá um START para eu nunca esquecer, obrigado.
Ligia!
Aprecio demais suas reflexões, pois tocam em pontos sensíveis e necessários. Nesse texto, por exemplo, você nos convida para uma reflexão profunda sobre a busca incessante por uma felicidade idealizada e distante, promovendo uma conscientização que resgata o valor da presença e do momento atual. Essa análise da felicidade como algo que não é um destino final, mas uma experiência contínua na jornada, é extremamente excelente e ressoante, especialmente em uma época em que a imagem do “ideal” é tão divulgada. É como se o seu convite desvelasse uma verdade que muitas vezes se perde no cotidiano: a felicidade é encontrada naquilo que está acessível, na resiliência e no aprendizado com o momento presente, e não em um “futuro perfeito”. Obrigado por partilhar!