Não é difícil olhar para o lado e perceber pessoas exaustas, sobrecarregadas pelas demandas de trabalho, família ou situações da vida pessoal. Vivem emaranhadas em um ciclo constante de cansaço e estresse. Talvez você não perceba que faz parte desse ciclo por estar ocupado demais com aquilo que a sociedade moderna valoriza: o trabalho incessante e a busca pela produtividade. E nesse ritmo, nem se dá conta do quanto tem negligenciado não só outras áreas importantes da sua vida, mas também você mesmo.
Enredados nessa correria, somos empurrados a fazer mais, alcançar mais, e sem perceber, nos desconectamos de momentos, de pessoas e até mesmo do nosso propósito. Então, vale a pena parar um minuto e se perguntar: “Para onde está indo a minha atenção?”
Temos dificuldade em nos permitir descansar, talvez por acreditarmos que, ao parar, corremos o risco de ficarmos para trás ou vermos outra pessoa ocupar o nosso lugar. Quantas vezes presenciei pessoas exaltando a alegria por terem agendas cheias de reuniões e compromissos, como se isso fosse uma medalha de sucesso. E quantas vezes vi essas mesmas pessoas entrarem em crises de ansiedade, insônia e exaustão física e emocional.
Já fui essa pessoa. Também caí na armadilha da “vida moderna”, e paguei um preço alto por isso. Me deixei seduzir pela ideia de que quanto mais eu fazia, mais eu valia. E você, será que também tem se perdido no meio de tantas tarefas? O mundo tem te empurrado para uma busca incessante por resultados, mas o que isso está custando? Sua saúde? Seus relacionamentos? Sua paz interior?
A importância de celebrar os pequenos momentos
Não estou aqui para dizer que fazer mais é ruim. É natural querermos crescer, conquistar novas coisas e atingir metas. A questão não é o “fazer”, mas o “como”. Como você está buscando tudo isso? Está se perdendo pelo caminho deixando a pressa afastá-lo das pessoas e coisas que ama? Tem deixado de celebrar os pequenos progressos, seus, das pessoas que ama ou mesmo da sua equipe?
Às vezes, estamos tão focados em cumprir tarefas que deixamos de apreciar o que realmente importa. O quanto você tem vivido de verdade? Quando foi a última vez que parou para saborear uma conquista, por menor que fosse? Quando foi a última vez que ouviu de fato o que um amigo ou familiar tinha a dizer, sem se apressar para voltar à sua lista de afazeres?
Desacelerar para estar presente
Estar presente é a chave para perceber e aprender a lidar melhor com toda essa correria. O mindfulness nos ensina a desacelerar, mesmo que seja apenas por alguns minutos, e observar onde estamos colocando nossa energia. Quantas vezes você tem parado para respirar diante das situações da vida, escolhendo agir de forma consciente, ao invés de só reagir impulsivamente? Ou será que você está tão ocupado correndo de um compromisso para outro que os dias parecem escapar por entre os dedos?
Se você vive correndo atrás do próximo item na lista de tarefas, o que realmente está vivenciando? Quando foi a última vez que realmente deu atenção a uma conversa com um amigo, ou que dedicou alguns minutos para perceber suas próprias emoções diante de algo que aconteceu com você?
Lembre-se, a vida não vai desacelerar por você, mas você pode escolher desacelerar dentro dela. A velocidade do mundo ao seu redor, não precisa ditar o seu ritmo. Às vezes, só precisamos de um pequeno espaço entre uma tarefa e outra para nos reconectarmos com o que estamos fazendo e com quem estamos enquanto fazemos.
Antes de voltar para a próxima atividade, eu te pergunto: “Você está vivendo a vida quando ela acontece ou apenas passando por ela?” Quanto tempo tem dedicado para cuidar de você, das suas necessidades e emoções? Está nutrindo suas relações ou as deixando de lado?
Esses momentos de reflexão são fundamentais para redescobrir o que realmente importa.
Então, volto a pergunta que dá título a este texto: Você está se ocupando de quê?
Respostas de 4
Viver intensamente não é viver sem parar mas sim viver com sentido de viver.
Parabéns pela reflexão!
Texto perfeito e bastante reflexivo . Precisamos desacelerar, olhar para dentro de nós, respirar, se sentir bem e motivado e seguir em frente . O trabalho sim dignifica o homem mas a exploração o adoece.
Trabalho incrível. Essa reflexão vale ouro para nos conscientizarmos sobre a importância de vivermos o aqui e o agora! A vida passa tão rápido, e vai embora em um piscar de olhos. Obrigada pelo conteúdo.
Excelente material! Nos proporciona momentos de reflexão “necessários” diante do nosso atual contexto.
Parabéns, Ligia!!
Essencial seu conteúdo.