A saúde mental pede socorro

Fatores que podem levar ao comprometimento da saúde mental

Com uma sociedade acelerada, que exige muitas demandas, a saúde mental pode ficar comprometida. “Todos nós exercemos diversas funções, muitas atividades e nem sempre conseguimos suportar tantas pressões e cobranças em diversas situações. Além disso, há questões mais interiores, endógenas, como chamamos, e que envolvem ordens genéticas, receptores cerebrais, neurotransmissores, que fazem parte da gênese biológica de diversos transtornos”, explica.
Tratamentos
O psiquiatra ressalta que além da terapia com o psicólogo, é importante, nos casos mais graves e com sintomas mais intensos, realizar acompanhamento psiquiátrico, muitas vezes com a necessidade de prescrição medicamentosa. “Sempre que o psiquiatra recomendar algum medicamento é porque existe uma avaliação de custo-benefício e de que o tratamento trará maior qualidade de vida e bem-estar”, frisa.
Onde buscar ajuda?
O atendimento ao paciente psiquiátrico inicia-se na rede de atenção primária, onde o médico do posto de saúde faz as orientações e o atendimento dos principais casos. Da mesma forma que hipertensão e diabetes podem ser cuidadas nos postos de saúde, doenças como a depressão e a ansiedade, também podem ser tratadas nesse âmbito. Os medicamentos mais usados para esses transtornos estão disponíveis nesses locais.
Os casos que necessitam de uma atenção mais especializada pelo próprio psiquiatra podem ser encaminhados para a rede secundária, que são os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), localizados em diversos bairros e municípios.
Já os casos mais graves que exigem atendimentos de emergência por instabilidade do quadro ou que precisam de internação hospitalar podem ser encaminhados para a rede terciária, na qual o principal representante no seu estado.
O problema mais comum na população é o transtorno de ansiedade generalizada e o Brasil foi considerado pela OMS como o país com maior taxa de ansiedade do mundo. Estima-se que até 10% da população pode sofrer com algum transtorno ansioso em algum momento da vida. O transtorno depressivo é apontado logo em seguida, com prevalência elevada, podendo acometer até 7% da população brasileira”
São mais identificados no atendimento do HSM: “na emergência do hospital, observamos ainda grande ocorrência de transtorno afetivo bipolar (TAB), transtorno do espectro autista (TEA), transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) e as dependências químicas, incluindo álcool, cigarro, crack e cocaína”, afirma.
Prevenção
Uma série de medidas deve ser adotada para evitar desequilíbrios emocionais e transtornos mentais. Uma delas é a terapia com psicólogo, a mais adequada e consolidada nos estudos, tanto para prevenção quanto para a melhora de transtornos mentais. Profissionais indicam que as pessoas, de uma maneira geral, devem procurar terapia em algum momento da vida, já que problemas acontecem na vida de todos nós.
“Também é importante dormir bem com as medidas adequadas de higiene do sono, ter uma alimentação balanceada, se possível com o auxílio de nutricionista, realizar exercícios físicos regularmente e outras atividades que provoquem relaxamento, como meditação, tai chi chuan e yoga. Essas medidas são essenciais na prevenção de transtornos mentais”.
Saúde mental: medidas de prevenção podem evitar transtornos mentais graves.
Como prova de que o bem-estar emocional interfere em todas as áreas da vida, a lei nº 14.556 instituiu oficialmente a campanha do JANEIRO BRANCO em todo o território nacional.
O tema de 2025 é “O que fazer pela saúde mental agora e sempre”
Um grito de alguém que pede ajuda pode ser ouvido a distância, mas será que conseguimos ouvir um chamado de socorro do nosso próprio cérebro? Quando não damos conta das atividades do dia a dia ou vamos além dos nossos limites para resolver tudo que nos é exigido, a tendência é desenvolvermos sintomas que indicam o esgotamento mental.
Alguns ocorrem diariamente: cansaço excessivo, insônia, mudanças de apetite, desânimo, falta de prazer, ansiedade, palpitação cardíaca, suor frio, dificuldades de memória, irritabilidade e aumento da procrastinação.
O esgotamento mental ocorre quando as situações estressantes são intensas e recorrentes. “Essa frequência nos leva a um limite em relação às nossas emoções. Sabemos que lidamos com o estresse diariamente, porém, quando isso se torna constante, fica cada vez mais difícil lidar e, com o tempo, prejuízos tanto para a saúde mental como para a saúde física podem aparecer”.
Com os sintomas cada vez mais frequentes, podem se instalar problemas físicos também: “Quando o esgotamento mental se torna crônico, surgem distúrbios como hipertensão arterial, arritmia, infarto, gastrite, úlcera, ansiedade, síndrome do pânico e depressão”.
Como identificar o nível de esgotamento mental
Os problemas que levam ao esgotamento mental não surgem de um dia para o outro, por isso é importante identificar os níveis de acometimento em que cada pessoa está. As psicólogas Gabriela, Rafaela e Beatriz identificam quatro níveis que determinam a intensidade do estresse: alerta, resistência, quase exaustão e exaustão.
Como amenizar o estresse
Ao identificar os sintomas, a primeira atitude é a mudança de comportamento. “Faz parte do tratamento incluir na rotina de cuidados físicos: uma alimentação de qualidade, exercícios físicos, acompanhamento médico para prevenir ou tratar doenças já existentes.
Mudar a forma com que se lida com tudo que gera o esgotamento é preponderante. “O esgotamento é desencadeado por fatores psicológicos, e é importante identificar quais são esses fatores. Então, sempre será importante uma reflexão sobre como tenho lidado com isso, o que está pesado para mim, com o que tenho tido dificuldade de lidar e como enfrento as situações. A partir disso, deve-se buscar soluções que protejam de prejuízos maiores”,
Busque ajuda, disque:
188 CVV (Centro de Valorização a Vida).

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