Outubro Rosa

Outubro Rosa é um movimento internacional de conscientização para o controle do câncer de mama, criado no início da década de 1990 nos Estados Unidos, após o mês de outubro ser reconhecido nacionalmente como o mês de prevenção contra o câncer de mama. O objetivo é chamar a atenção para essa causa, ajudando a evitar que mais pessoas sejam vítimas dessa doença. O câncer de mama é o tipo que mais acomete mulheres no mundo, por isso a importância da campanha, que tem como símbolo o laço rosa, lançado pela Fundação Susan G. Komen durante a primeira Corrida pela Cura, realizada em Nova Iorque.

Os principais sinais e sintomas suspeitos incluem um nódulo endurecido, fixo e indolor nos seios, além de alterações na pele da mama, como vermelhidão ou aparência de casca de laranja, e alterações no mamilo. A detecção precoce, por meio da autoavaliação das mamas e rastreamento mamográfico, é essencial para o tratamento eficaz. A mamografia é recomendada para mulheres de 50 a 69 anos a cada dois anos.
A campanha do Outubro Rosa de 2024 visa incentivar a população e os profissionais de saúde a adotarem medidas preventivas e de detecção precoce tanto do câncer de mama quanto do colo do útero, ampliando a abordagem da saúde da mulher. O câncer do colo do útero, associado à infecção pelo vírus HPV, pode ser prevenido com a vacina contra o HPV, disponível para meninas e meninos de 9 a 14 anos e outros grupos de risco.
Outubro Rosa
A conscientização sobre os exames preventivos e a vacinação é essencial para reduzir a mortalidade associada a essas doenças, especialmente nas regiões menos desenvolvidas do Brasil.
A orientação é que a mulher observe e apalpe suas mamas sempre que se sentir confortável para tal (seja no banho, no momento da troca de roupa ou em outra situação do cotidiano), sem técnica específica, valorizando-se a descoberta casual de pequenas alterações mamárias.
A segunda estratégia de detecção precoce do câncer de mama é o rastreamento mamográfico. Além de estar atenta ao próprio corpo, é recomendado que mulheres de 50 a 69 anos, de risco padrão, façam uma mamografia de rastreamento a cada dois anos. Esse exame pode ajudar a identificar o câncer antes de a pessoa ter sintomas. A mamografia nesta faixa etária, com periodicidade bienal, é a rotina adotada na maioria dos países que implantaram o rastreamento organizado do câncer de mama e baseia-se na evidência científica do benefício desta estratégia na redução da mortalidade neste grupo. É importante que as mulheres estejam sempre atentas aos sinais e sintomas suspeitos do câncer de mama: caroço (nódulo), geralmente endurecido, fixo e indolor; pele da mama avermelhada ou parecida com casca de laranja, alterações no bico do peito (mamilo) e saída espontânea de líquido de um dos mamilos.
Também podem aparecer pequenos nódulos no pescoço ou na região embaixo dos braços (axilas).

Câncer do colo do útero

O câncer do colo do útero é a terceira neoplasia mais frequente em mulheres no Brasil, com grandes desigualdades regionais e maior incidência e mortalidade nas Regiões menos desenvolvidas do País, em especial a Região Norte. Está em curso uma chamada global para a eliminação da doença por ser praticamente 100% prevenível por vacina e rastreamento.
O câncer do colo do útero está associado à infecção persistente por subtipos oncogênicos do vírus HPV (Papilomavírus Humano), especialmente o HPV-16 e o HPV-18, responsáveis por cerca de 70% dos cânceres cervicais. A infecção pelo HPV é muito comum. Estima-se que cerca de 80% das mulheres sexualmente ativas irão adquiri-la ao longo de suas vidas. A maior parte dos casos regride espontaneamente. Quando isso não ocorre, pode ocorrer o desenvolvimento de lesões precursoras que, se identificadas e tratadas adequadamente, possibilita prevenir a progressão para câncer.
Outubro Rosa
A principal forma de prevenção é a vacinação contra o HPV, que protege contra os subtipos oncogênicos 6, 11, 16 e 18. Os dois primeiros causam verrugas genitais e os dois últimos são responsáveis por cerca de 70% dos casos de câncer do colo do útero.
A recomendação atual é de dose única para meninas e meninos com idade entre 9 e 14 anos, pois esta vacina é mais eficaz se usada antes do início da vida sexual.
A vacina também está disponível no SUS para pessoas de 9 a 45 anos vivendo com HIV/Aids, transplantados e pacientes oncológicos, que apresentam maior risco de desenvolver câncer e complicações relacionadas ao HPV. Também estão incluídas as pessoas, nessa faixa etária ampliada, que foram vítimas de violência sexual, devido ao risco aumentado de desfechos negativos relacionados ao HPV, e também as portadoras de papilomatose respiratória recorrente (PPR).
A detecção precoce do câncer do colo do útero é feita atualmente pelo exame citopatológico do colo do útero, na faixa etária de 25 a 64 anos, a cada três anos.

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