Fábio Muniz: Parabéns Johnna!

Parabéns Johnna!

Bom dia meus amigos queridos!

Eu peço licença para vocês, e portanto, dedicarei a coluna de hoje à minha querida esposa Johnna. Por onde posso começar?

Pois bem, começo me lembrando de quando ainda estávamos longe geograficamente. Ela morava em Waterloo. Eu morava em Barcelona.

Algumas vezes tomávamos café da manhã “juntos”. Eu ainda me recordo, descendo do meu apartamento e indo à padaria em uma das esquinas tranquilas de Barcelona. Eu ligava o meu Skype e a Johnna se conectava da Bélgica para um café da manhã “juntos”.

E se eu contasse sobre a nossa experiência de assistir o filme Invictus. Você quer saber?

Queríamos muito assistir “juntos”.  Ambos tínhamos muito interesse na história do Nelson Mandela. E o que resolvemos fazer?

Ora, resolvemos cada um ir para o cinema mais próximo. Eu ainda me lembro quando fui ao cinema próximo da praia Barceloneta, em Barcelona. Johnna foi até Bruxelas. Buscou uma das salas da cidade belga, e lá fomos nós!

Estávamos “juntos” ainda que fronteiras e centenas de quilômetros nos separassem. No final do dia, nos reuníamos para um chá. E outra vez, “juntos”, e através do Skype conversávamos sobre o filme.

Nos casamos. A Sophia nasceu. A nossa dinâmica e estilo de vida sempre foi de “ir e vir”, gente entrando e saindo de casa, atividades culturais e muito trabalho. Viagens de trabalho, viagens para visitar gente que conhecemos, viagens para explorar o mundo e amealhar mais conhecimento e cultura para seguir trabalhando como pontes culturais.

Eu me recordo que quando conhecemos uma babá para cuidar da Sophia e decidimos ir ao cinema em Saint Petersburg, na Flórida. Entramos na sala do cinema, e ambos, eu e a Johnna, estávamos tão cansados que aproveitamos o tempo, e dormimos!

Neste caso, pelo menos e no mínimo posso dizer que estávamos realmente juntos.

Vou contar mais uma. Posso?

Já morávamos no Japão. A Sophia tinha um pouco mais de 3 anos. Não conhecíamos nenhuma babá. Sem família, poucos amigos. Era raro eu e a Johnna sair, ir para um café, ter um tempo para nós dois. Enfim, estávamos comemorando um dos nossos aniversários de casamento enquanto trabalhávamos em um acampamento nas montanhas do Japão. A Sophia dormiu. Foi o tempo suficiente para descermos e irmos à uma das maquininhas de café que estava na sala de jantar. Foi assim que comemoramos o nosso aniversário de casamento. Com um cafezinho japonês de máquina. Posso repetir que pelo menos estávamos contentes porque finalmente, e outra vez, estávamos juntos!

Isto posto, quero te contar que acabamos de comemorar o aniversário da Johnna.

Foi no dia 21 de abril. Na semana passada.

Fomos jantar em lugar calmo e tranquilo em Saint Cyr au Mont D’or. Depois de quase 6 meses morando em Collonges au Mont D’or, encontramos alguém para ficar com as meninas. Era a nossa chance. Conseguimos!

Passamos um pouco mais de 3 horas, caminhamos pela cidade, e jantamos.

Enquanto eu escrevo este texto, centenas de outras situações me vêm a mente.

Situações que nos ensinam que a jornada da vida se constrói com capítulos de alegria e outros nem tanto. Situações que nos ensinam que a jornada da vida se constrói com muita perseverança e resiliência.

Na realidade, todos nós, vivemos momentos de celebração, onde podemos parar para celebrar, e outros momentos que queremos parar para celebrar, mas a conjuntura de múltiplos fatores não nos permitem parar.

O fato que em última análise, todos nós somos convidados a viver com gratidão. Gratidão pela vida. Gratidão por mais um amanhecer. Gratidão pela família. Gratidão pelo pão nosso de cada dia. Gratidão pelo dom divino que nos agracia com mais um ano de vida.

Parabéns Johnna!

Nesta data querida.

Que você tenha muitos outros anos de vida. Muitas felicidades!

Que possamos seguir celebrando muitos outros aniversários juntos e se lembrando de quantas vezes estávamos “juntos” esperando por este momento, de estar lado a lado, verdadeiramente juntos!

Fábio Muniz

Collonge au Mont D’or

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