Fábio Muniz: Perdemos. Estamos todos tristes!

Bom dia meus amigos queridos,

Perdemos. Estamos todos tristes.

Eu me lembro da Copa de 1982. Foi a minha primeira Copa.

Eu tinha apenas 7 anos de idade. Perdemos para a grande Itália. A Itália de Paolo Rossi.

Perdemos na semana passada. Perdemos para a Croácia. A Croácia de Luka Modric.

O que não perdemos foram os momentos que passamos com gente querida.

O que não perdemos foi a oportunidade de brindar um dos belos gols brasileiros com algum amigo querido.

Eu não esquecerei a alegria de brincar e dançar com as minhas filhas enquanto o Brasil entrava em campo. Eu não esquecerei as centenas de mensagens nos WhatsApp e Facebook com amigos que estavam espalhados no mundo inteiro com os olhos no Brasil.

Sempre aprendi que a Copa do Mundo é “apenas um jogo”. No entanto, sempre percebi o poder que “apenas um jogo” da Copa do Mundo tem para unir os diferentes.

Gente de tantas culturas. Gente de diferentes religiões e idiomas. Gente que nunca foi ao Brasil, mas todos apaixonados pela alegria brasileira que contagia.

Gente que veio em casa, gente que foi aos bares. Às vezes nos reuníamos em cafés, às vezes nos reuníamos durante os nossos projetos e eventos.

Ora, este espírito de parceria, este espírito de companheirismo e amizade descontraída podem ser repetidos com muito mais frequência, e não apenas de quatro em quatro anos.

Eu sei que temos jornadas difíceis. Eu sei que muitas vezes estamos cansados e as pessoinhas que mais sentem o impacto da nossa ansiedade, desmotivação, e falta de paciência são aquelas que estão muito próximas de nós.

A esposa percebe rapidamente que o marido veio de um dia difícil de trabalho. Um filho nota a tensão entre os seus pais enquanto existe um silêncio ensurdecedor no jantar. O pai percebe que o filho não quer conversar. Os amigos se dão conta que já não há muitos motivos para se encontrar e celebrar.

Na coluna de hoje, eu te convido a construir este ambiente leve, descontraído, de carinho e amizade que a Copa do Mundo nos ensina, enquanto você janta com a tua esposa, abraça o teu filho e deseja-lhe um bom dia, e sobretudo, que este espírito de confraternização possa existir enquanto você encontra gente nas ruas, no teu trabalho, em qualquer momento do dia e do ano.

Gente de tantas classes sociais, diferentes culturas, e religiões.

Gente que é gente. Gente que é gente como eu e você.

Que vença o melhor em Qatar!

Até a próxima.

Escrita em Collonges-au-Mont-d’Or

**O conteúdo e informação publicado é responsabilidade exclusiva do colunista e não expressa necessariamente a opinião deste site.

Imagem 01:  Jewel SAMAD / AFP

Imagem 02 e 03: Metropole Brasilia

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.

Compartilhe esta notícia

Mais postagens