“Uma mesa, uma cadeira, uma tigela de frutas e um violino. O que mais uma pessoa precisa para ser feliz?” Albert Einstein
Bom dia meus queridos amigos!
Na semana passada eu organizei em Lyon uma palestra motivacional com o tema “Qual o Segredo da Felicidade?”
Você já deve estar ansioso para saber a resposta, não é verdade?
Antes de prosseguir, devo reconhecer que no sábado passado tive uma das audiências mais ecléticas e multiculturais desde que cheguei em Lyon. Apesar de ter um número de pessoas que não era expressivo do ponto de vista numérico, 25 pessoas, (número máximo de participantes devido as regras do COVID), percebi que os conceitos, perspectivas e respostas eram plurais e tinham que ver com as muitas influências culturais, religiosas, familiares e sociais que se encontravam na sala. Ora, isto fez com que a experiência fosse absolutamente rica, mas inegavelmente desafiadora para mim que facilitava a conversa e apresentação.
Pois bem, toda a palestra partia do princípio básico que não encontramos a tal e sonhada felicidade no dinheiro (apesar que não há nada de equivocado em tê-lo), no casamento, na idéia do sucesso empresarial, em popularidade Youtubianas & Facebookianas, reconhecimento e aplausos dos palcos.
Aliás, tampouco a felicidade se encontra na projeção e transferência da mesma para o fato de termos filhos, netos, uma família completa e viajar, viajar…e viajar pelo mundo inteiro…
Dito isto, devo dizer que não há nada de errado em conquistar, ter, possuir, obter, crescer em sucesso e popularidade. E quem aqui não quer casar, ter um companheiro ou companheira para a vida, e ter filhos saudáveis e viajar para conhecer outras culturas e países?
O fato, que nada disto é o SEGREDO da felicidade…
Ora, nós estamos falando de um tema muito mais profundo do ponto de vista psicológico e que pode nos enganar. Você já ouviu o conceito que tem a ver com o indivíduo que diz…
“Quando eu tiver 18 anos, terei a minha sonhada independência e serei feliz”. Os 18 anos chegam, e ele percebe que ainda lhe falta algo…
Uma nova meta: “Quando agora eu terminar a universidade, eu então serei feliz”. A universidade chega, a universidade termina, e o tal indivíduo se dá conta, que ainda há um “frenesi” dentro do seu peito que não encontra satisfação com tais conquistas…
Já sei, “quando eu arrumar um bom emprego e ser um sujeito de carreira e sucesso.” De fato, o indivíduo encontra um ótimo trabalho, tem oportunidades para viajar e construir uma carreira de sucesso…
No entanto, ainda lhe falta…
Eu te pergunto: O que falta para um sujeito como este? Sucesso, independência, dinheiro, graduações académicas, reconhecimentos profissionais…
O que lhe falta?
Ora, ele diz: “Falta uma companheira!” Ela chega, e ainda “falta algo mais”….
Agora, ele diz: “O segredo é ter filhos, porque estamos muito sozinhos. Será a minha felicidade!”
Os filhos chegam, e não preciso dizer, que a angústia inexplicável lhe faz seguir pela esteira da busca incessante da tal felicidade que parece estar na esquina de cada projeto, mas a cada abocanhada que ele dá, ele percebe que quanto mais ele se aproxima, mais utópica se torna a tal felicidade.
“Talvez quando eu me aposentar?” Ele conclui.
Na realidade, eu poderia seguir e seguir escrevendo. No entanto, gostaria de apenas concluir este texto com alguns dos conceitos que conversamos na semana passada.
Em primeiro lugar, não espere fórmulas “1, 2, 3…” ou conceitos mágicos para tal felicidade. Perdoem-me, mas eu não acredito nelas e tampouco eu as tenho.
Em segundo lugar, a felicidade tem a ver com a simplicidade do existir e do viver: estar presente para as pessoas que nos querem bem, viver o momento, curtir a natureza, a simplicidade do amanhecer do sol e o dia que se chama hoje.
Em terceiro lugar, devo também reconhecer que me fascina o ensinamento de Jesus no Sermão da Montanha. Aliás, Gandhi e Martin Luther King Jr., dois dos maiores pacifistas que a história já conheceu, tinham os conceitos das palavras de Jesus como conceitos e princípios básicos, mas fundamentais para viver. Você sabe por quê?
Jesus usa o termo no grego Makários (Μακάριος). Este termo não tem a ver com a felicidade das novelas, nem com as cenas Hollywodianas e tampouco com as fantasias das “Mil e Uma Noites de Bagdá”
Não! Tem a ver com o SER e não o FAZER.
Tem a ver com a viagem do existir independentemente do contexto no qual estamos inseridos e das “grandes conquistas” do possuir e amealhar…
Bem-aventurados sois…felizes sois…makários…
Quem são eles?
Ora, eles são os pobres de espírito, os que choram, os mansos, os que têm fome e sede de justiça, os misericordiosos, os limpos de coração, e os pacificadores…
A felicidade está muito mais próxima do que imaginamos. Está na simplicidade da vida tal e como iniciamos este bate-papo de hoje. “Uma mesa, uma cadeira, uma tigela de frutas e um violino. O que mais uma pessoa precisa para ser feliz?”
Tenha um bom dia e até a próxima!
Fábio Muniz
Lyon, França
**O conteúdo e informação publicado é responsabilidade exclusiva do colunista e não expressa necessariamente a opinião deste site.
Imagem: Freepik
Respostas de 3
Trabalho bonito Fabioa! Parabens!
Somos felizes quando diminuímos o TER e aumentamos o SER, principalmente quando lembramos de nos relacionar com nosso Pai celestial.
Siga escrevendo….
abraços,
Somos FELIZES em Cristo Jesus.todo aquele quer crer.
Ageu 2 vers.8 e 9
Minha é a prata ,meu é o ouro,diz o SENHOR DOS EXERCITOS.
9 A gloria desta última casa será maior do que a da primeira,diz o SENHOR DOS EXÉRCITOS;E NESTE LUGAR DAREI A PAZ ,DIZ O SENHOR DOS EXÉRCITOS.
TEMA MARAVILHOSO….SOU A PESSOA MAIS FELIZ DO MUNDO.!
Filho cada dia o SENHOR te abençoa com sabedoria e discernimento.
Te AMO