Bom dia meus queridos amigos,
Eu gosto muito da resposta da Madre Teresa de Calcutá quando lhe fizeram a pergunta sobre como ela era capaz de trabalhar com tanta energia, com tantas pessoas e tantas atividades.
Pois bem, ela respondeu: “Nunca se preocupe com números. Ajude uma pessoa de cada vez, e sempre comece pela mais próxima de você.”
Eu toda hora vejo gente me dizendo: “Fábio, eu gostaria de fazer muito mais, mas não tenho tempo”. Outro ainda me dizem: “Se eu tivesse mais recursos, faria mais”.
Isto posto, eu escrevo este texto depois de ter participado de uma das atividades mais dinâmicas do ano e que envolveu gente de tantas culturas, idiomas, religiões e classes sociais.
No sábado passado, organizamos os nossos grupos de discussões em Inglês. São quase 40 pessoas. Tivemos a visita de uma querida amiga que nos conheceu em Michigan no ano passado e queria muito ver os projetos que temos desenvolvido em Lyon. Ela estava conosco e fez uma pequena palestra. Após as nossas conversas fizemos um pic-nic e logo começamos a preparar sanduíches para distribuir nas ruas.
Eu ouvia pessoas falando em Inglês, Português, Italiano e Francês. Eu sabia que estavam conosco cristãos, muçulmanos, ateus, agnósticos, e gente de diversas classes socais. Foi fascinante ver estudantes trabalhando com gente que eu sei que vinha de classes sociais altas de Lyon. Foi extraordinário perceber que muçulmanos estavam trabalhando com cristãos, e vice-versa.
De modo que algumas destas pessoas nunca tinham feito nada igual.
Ora, a ação era muito simples: sair distribuindo pelas ruas sanduíches para indivíduos que moravam nas ruas, ao mesmo tempo, tínhamos sacos plásticos, e com luvas, estávamos limpando cada esquina, cada banco de praça, recolhendo cigarros que encontrávamos no chão, e separado qualquer tipo de material que fosse reciclagem: pedaços de plásticos e papel.
A nossa alegria foi ver a Sophia e a Julia engajadas do começo até o fim.
A nossa alegria foi ver a simplicidade de uma ação que construiu pontes ao invés de criar muros devido as questões culturais, linguísticas e religiosas.
O fato é que nós temos 8 bilhões de oportunidades para ajudar o próximo porque temos basicamente 8 bilhões de habitantes no planeta Terra.
Ao sair de casa, eu encontro gente de tantas culturas e religiões. Ao sair de casa, eu encontro gente que tem fome ou frio. Eu posso ser um agente da paz, ao invés de nutrir ódio. Eu posso ser um agente que reconcilia e soma, ao invés de ser um indivíduo que divide e diminui.
Eu e você não precisamos do aplauso de ninguém para fazer o bem.
Eu e você não precisamos dos holofotes do reconhecimento para sermos seres humanos da luz.
Eu e você não precisamos de mega projetos para ajudar o próximo!
Eu espero de todo o meu coração que você enxergue as oportunidades de servir no teu contexto, na tua cidade, na tua família, no teu círculo de amigos, para que o mundo que habita bem próximo de você, e através de você, seja um mundo melhor.
Boa semana e até a próxima!
Collonges-au-Mont-d’Or
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Uma resposta
Lindo trabalho e tao importante! Como vc falou e Madre de Calcuta, podemos comecar com alguem que esta ao nosso lado precisando! Fofas as meninas desde de cedo tao introsadas e participando!