Bom dia meus queridos amigos,
Você conhece gente que tem “tudo”, mas vive como se não tivesse “nada”?
Eu conheço gente que tem trabalho, tem esposa, tem filhos, tem um teto para morar, tem condições de andar, podem correr, fazer exercícios, se levantar, se abaixar, mas parece que a vida conspira contra ele.
Eu conheço gente que nada está bom, tudo falta gosto, o marido tem que ser perfeito, as crianças devem parar de fazer barulho, parece que ela acorda e anda de braços dados com a desilusão e frustração.
É a tal história do conhecido Hardy que vive repetindo e lamentando: “Oh céus! Oh vida! Oh azar!” Você conhece gente assim?
Pois bem, esta maneira de viver e pensar pode nos sequestrar gradativamente. E mais ainda: este processo não acontece do dia para a noite, quando nos damos conta, pouco a pouco, uma sinapse extremamente negativa pode tomar conta da nossa mente.
Esta maneira de viver, sutilmente, vai se imiscuindo com a nossa rotina e sem perceber, o nosso olhar se adoece, o nosso coração se esfria, o gosto da nossa boca se torna amargo, e um filme fantasmagórico começa a passar na nossa mente ainda que tudo a nossa volta tenha cores de festa e contornos de vida.
Na realidade, nós não enxergamos com os nossos globos oculares, e sim, fazemos sinapses na nossa mente, e enxergamos cada ser humano, cada notícia boa, ou aquelas notícias que não são tão boas com os olhos do nosso coração.
Aliás, a vida está repleta de imprevisibilidades e surpresas não tão agradáveis também.
Como as enxergamos?
Na semana passada, eu achei interessantíssimo ter falado com a Johnna sobre contextos similares e nos damos conta que a interpretação que tivemos, nos levaram a caminhos completamente opostos. Segundo as nossas culturas, percebemos que podemos interpretar diferentemente. Nós brasileiros, dizemos: “Depois da tempestade, vem a bonança”. Os americanos, dizem: “Depois da bonança, vem a tempestade.”
Ora, nos aproximamos do final do ano e inevitavelmente fazemos uma viagem para trás, e para frente. Todavia, eu conheço pouquíssima gente que faz esta viagem para dentro.
Quem sabe você tenha coragem, e faça esta viagem para dentro nestas últimas semanas de 2023? Quem sabe você respire fundo, e faça esta viagem com os olhos do teu coração, com gratidão, com fé e esperança?
Faça isto. Faça isto para você mesmo!
Você vai se surpreender com os resultados.
Ligue para um amigo que você não fala há muito tempo e pode ser que tenha acontecido um mal-entendido entre vocês. Escreva um e-mail, envie flores, compre chocolates para uma boa amiga. Prepare um jantar para a tua esposa.
Acorde e agradeça a Deus pelo fato de você estar respirando, lendo esta mensagem, tomando um café gostoso.
Chame os teus filhos para ir no cinema e deixe o celular em casa. Afinal, vivemos décadas sem celular.
Será que podemos enxergar a vida com olhares que tem a ver com a fraternidade, a compaixão e o espírito de Natal?
Espero que vocês tenham uma ótima semana.
Até a próxima!
Collonges-au-Mont-d’Or
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4 respostas
Não sei se é coincidência histórica mas nessa mesma data/período os judeus comemoram a festa de Hanuká (Festa das Luzes). Há alguns dias Macron gerou polêmica na França por receber esta festa judaica no Eliseu. Baruch HaShem.
Querido Hélio,
Você tem razão. É verdade.
Mas é uma grande coincidência de nomes. No entanto, a festa judaica são 8 dias, em Lyon são 4. A judaica é entre novembro e dezembro, a de Lyon é em dezembro. A judaica tem a ver com o óleo do templo judaico. A de Lyon, é um evento (a princípio) religioso do século XIX relacionado ao catolicismo francês e a virgem Maria.
Um forte abraço!
Fábio
A gente também se engana com aquele provérbio “o que os olhos não veem o coração não sente”. Isso mostra a nossa indiferença ao que está acontecendo longe das nossas vistas, né?
Infelizmente, é assim mesmo, meu querido amigo Armandão.
Que Deus nos livre de tamanha indiferença.
Um forte abraço.
Fábio