Você se importa com que os outros pensam?
Tenho observado nas sessões de terapia, que os pacientes demonstram muito uma preocupação com o que o outros pensam ao seu respeito, isso abrange; como se vestem, comem, como se comportam, o que devem ou não fazer de suas vidas.
Aceitar a si próprio é o primeiro passo, sim precisamos viver em sociedade, a opinião do outro, deve ser filtrada, aprendemos por modelo (estrutura familiar) ou modelagem (meio que ambiente e sociedade), mas não com a destruição da imagem do outro, isso pode trazer graves consequências ao longo da vida.
As palavras mais usadas são sempre as mesmas, o que vão pensar de mim!! Me incomodo muito com que os outros pensam a meu respeito!! Sinto que todos falam de mim, percebo que não aprovam o que falo em reuniões ou mesmo em grupo, por isso sou excluído!! Me incomodo com o que as pessoas falam a meu respeito!! Não me visto assim porque vão falar de mim!!
A última coisa que pensam são em contentar-se a si mesmo, a opinião do outro é a opinião do outro, o que pensam a seu respeito não vai lhe ajudar em nada, afinal as críticas por mais que sejam bem-vindas nem sempre são sobre você, mas sim sobre a pessoa que a crítica, então a opinião da pessoa pode estar muito mais relacionada a interior dela própria do que propriamente dito sobre você.
Vamos lá, esse rigoroso estado de dependência da opinião do outro, não é saudável, pode trazer prejuízos sociais importantes, entre eles a baixa-autoestima, medo, falta de ar, ansiedade, chegando a taquicardia e até ataques de pânico, fobia social, impedindo a pessoa de sair por medo da aprovação das pessoas, sejam em suas vestimentas, corte de cabelo ou um simples andar.
A primeira infância é o núcleo e o centro de desenvolvimento desta fase, a fase da estruturação do ego e superego da criança. As crianças nesta fase são tolhidas, escutam frases como: Não é assunto para criança, crianças, chinelo e tamanco debaixo do banco… Frases como estas são capazes favorecerem a timidez e introjetem medos e fobias sociais.
Por isso, pessoas com essas características estão sempre com o ego fragilizado, não sabem o querem, são inseguras e necessitam sempre da opinião do outro, tem problema em falar em público, são introspectivos, deixam de expor ideias e sentem-se retraídos.
Se importe menos com que as pessoas falam, um processo terapêutico com acompanhamento psicológico ajuda é muito a soltar essas amarras, se auto perceba, resgate sua autoconfiança, e vai por mim, filtre muito bem o que falam ou pensam a seu respeito, o que o outro fala ou diz é problema dela, se importe menos e siga sua intuição, ninguém colhe fruto se não plantar uma árvore, ninguém acerta se não errar….
À Psicóloga
Sueli Oliveira
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