Algumas pessoas vão além do seu próprio respeito, colocam o sentimento acima de sí próprio quando ama, deixando ser dominado por emoções e sentimentos por não se julgar capaz de lidar e enfrentar um termino de um relacionamento.
Essa desregulação emocional, acaba que levando as pessoas a depreciação de sí e abalando sua autoestima. Recentemente um paciente me confessou que ao pedir o divórcio a sua esposa, ela se ajoelhou beijou seus pés e o implorou para ficar.
Naquele momento ele disse: ter ficado paralisado com aquela cena e ao mesmo tempo triste por ver uma pessoa sem amor próprio, discorreu a cena e a detalhava, como se; ao se deparar com a fragilidade da esposa fosse algo ruim e começou a desprezá-la.
Mas o que leva a outra pessoa a este desespero além da perda? Há vários motivos, perda da família, perda do companheiro, parceiro de anos, perda do amor, da história, perdas econômicas, perdas sociais, medo de não encontrar mais ninguém que a ame, medo da solidão, afastamento dos amigos e etc.
Enfim são perdas pulsionais, que afetam o estado psíquico e emocional das pessoas, que terão que serem ressignificadas ao longo da separação, não há como fugir do luto em vida.
O que mais chama atenção que isso vem acontecendo com muita frequência, o profissional psicólogo, está tendo que trabalhar a autoestima pós divórcio, este é um processo que não tem como não ser doloroso, devido o rompimento de laços que exige de ambas as partes empatia, principalmente quando há filhos envolvidos.
Sempre haverá dor, mágoas e sempre haverá um se, então, e por quês… Mas não pode haver auto-derespeito consigo próprio deixando que sua dignidade desça ladeira abaixo sem freio, não será uma atitude como está, que fará com que o ex volte, mas sim pesará sua segurança e o sentimento que nutri o relacionamento de ambos, caso o ex queira voltar atrás em sua decisão.
Não é proibido chorar, chore, mostre seu sentimento, mas não se humilhe, este choro não pode ser um choro de súplica, deve sim colocar os sentimentos para fora, mas pode fazer isso sozinha, com um amigo ou amiga de confiança e com um profissional psicólogo, se não conseguir aceitar o fim do relacionamento.
Quando o desrespeito está cima do amor próprio, estas atitudes frustrantes de suplicar, mendigar, rastejar até mesmo de usar de estratégias para seduzir o ex não derem certo, consequentemente sofrerá um desajuste emocional e sentimental que a levará a tristeza profunda, ansiedade e depressão, chegando ao fundo do poço.
Pessoas obsessivas com sentimentos de posse, levam mais tempo para se livrarem dos pensamentos autodestrutíveis e negativos que dominam suas mentes o tempo todo. Não é fácil aceitar e arrancar da alma e do coração alguém que amamos ou convivemos por muito tempo, realmente não, MAS NÃO SE HUMILHE.
Quem nunca passou por isso que atire a primeira pedra, afinal ser surpreendido com um “quero me separar de você”, não é fácil para ninguém, o importante é proteger seu próprio selfie, lembre-se que ao destruir sua autoestima, terá que reconstruir-se por dentro e por fora, levará mais tempo para remendar a cocha de retalhos interna.
Quanto mais rápido a fenda interna for reparada, mais rápido retomará sua autoconfiança, autoestima e seu amor próprio. Os traumas deixado por um fim de um relacionamento acabam sendo projetados na próxima relação, a questão aqui é o fortalecimento do seu eu interno que está vulnerável, assuma isso como um auto ajuste um aprendizado que precisará colocar em prática a qualquer momento, não é mesmo?
O fortalecimento interno ajudará a olhar para os lados, com isso terá oportunidade de começar uma nova estória de amor, afinal ninguém nasceu para ficar sozinho. NÃO SE HUMILHE…..
Sueli Oliveira
À Psicóloga.