Sueli Oliveira: Saber perdoar é curar suas feridas internas.

Você já se perdoou? Sim ou Não?  Quando nós nos perdoamos, perdoamos o outro. A arte de perdoar deve ser praticada por aqueles que busca a paz interior.

Pessoas que ruminam ressentimentos, mágoas, ódios e rancores, estão sempre angustiados, portanto as feridas não cicatrizam, é preciso libertar deste sofrimento, soltar as amarras que o impede de seguir, afinal quem nunca errou que atire a primeira pedra.

Algumas pessoas dizem saber perdoar, será? O perdão é algo de dentro para fora.  Ao guardamos sentimento ruins, acumulamos dentro de nós lixos que se putrificam e emanam fumaças tóxicas que se espalham pelo corpo.

Essas cargas negativas emocionais de sentimentos e emoções ruins são nocivas, crescem como erva daninha dentro de nós, transformando em mágoas, raiva, ódios e ressentimentos incuráveis, que tem como reações adversas as doenças físicas e psicológicas como; problemas gastrointestinais, dores ocultas, ansiedade, depressão, enxaquecas e etc.

A raiva e o ódio são sentimentos reprimidos que se tornam indeléveis, por isso colocar para fora todo o tipo de sentimento ruim faz bem à saúde física e mental.

Falar sobre o assunto e procurar ajuda terapêutica são maneiras de expressar seus sentimentos, o ato de desculpar-se ou pedir perdão, deve ser feito com calma e não imediatamente após a desavença, não deve haver cobranças, memórias existem, não pense que após o pedido de perdão o outro sofrerá de amnésia é tudo será esquecido. Perdoar não é esquecer os fatos, mas sim não lembrar mais dos mesmos

Não somos vítimas de uma desavença, somos parte dela, portanto, entender qual sua responsabilidade e o seu papel no ato da ofensa, serve como auxilio para que possamos refletir e nos despir do papel de vítima.

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A todo momento atribuímos ao outro a responsabilidade das ofensas e agressões, mas nunca a nós mesmos, afinal achar um culpado é a forma covarde de sentir-se livre da responsabilidade de pedir desculpas ou assumir erros.  Quem gosta de assumir erros? Somente pessoas evoluídas que tem como premissa de vida a busca pela paz.

Perdoar é uma forma de liberdade interna, quando uma pessoa está sendo humilhada, maltratada ou traída ela demora para esquecer, o que contribui para alterações psíquicas e comportamentais.

Caso se retrate, espere um determinado período para que outro possa assimilar o ocorrido internamente, e avaliar se deve ou não aceitar o pedido de desculpas e perdão, caso fique cobrando atitudes rápidas e imediatas, corre o risco de potencializar sentimentos reprimidos e não obter êxito em seu propósito de ser perdoado. Saiba cada um tem seu tempo, é preciso respeitá-lo.

Mas quem perdoa é capaz de amar não enfrenta a lacuna chamado mágoa, (água parada), porque entende que errar e humano é perdoar e uma dadiva, o perdão serve como aprendizado, experiência e como parte do crescimento de cada um.

Existem erros imperdoáveis, crimes imperdoáveis, para isso existe a punição pelos crimes e erros, não é perdão e sim pagamento justo e correto.

Se entende por perdoar o ato de fazer uma limpeza, uma faxina dos ressentimentos danosos que habitam no interior do sujeito, libertando o de suas muralhas com intuito de levá-lo a não reviver as desavenças, brigas e ofensas.

Algumas pessoas não lidam bem com a raiva e o ódio, são sentimentais, mas acabam se alimentado deles, se tornando refém de si próprio, sentem-se perseguidos e rodeados pelas próprias sombras, que se avolumam com o tempo, como uma bola de neve, convertendo internamente em desconfiança, insegurança e desequilíbrios emocionais, a ponto de levá-lo a saborear e desejar a velha e conhecida vingança.

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Pedir perdão é um ato de desbravamento, é soltar as bolas de ferro que o prende a um passado e o mantém aprisionados e liberta-se de um sofrimento e agir com empatia, colocando-se no lugar do outro.

Tenha coragem, isso mesmo, coragem, tome a atitude, solte os nós que o prende a este sofrimento, uma pessoa que não se liberta e fica presa no passado, afeta o presente, carrega malas pesadas que interfere no futuro.

A Psicóloga

Sueli Oliveira

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