Dra Luciane Trofino: Doença mão-pé-boca

Doença mão-pé-boca é uma enfermidade contagiosa causada pelo vírus Coxsackie que tem como sintomas febre alta, aparecimento de manchas vermelhas na boca, amígdalas e faringe (aftas na boca conhecidas como estomatite)  e erupção de pequenas bolhas nas palmas das mãos e nas plantas dos pés.

São sinais característicos da doença mão-pé-boca:

• Febre alta 1 a 3 dias antes do surgimento das lesões;
• Aparecimento na boca, amídalas e faringe de manchas vermelhas com vesículas esbranquiçadas;
• Erupção de pequenas bolhas em geral nas palmas das mãos e nas plantas dos pés, mas que pode ocorrer também nas nádegas e na região genital.

A transmissão ocorre por gotículas salivares e outras secreções ( pela via oral/fecal), através do contato direto entre as pessoas ou com as fezes, ou então através de alimentos e de objetos contaminados.

O período de incubação oscila entre um e sete dias. Inicialmente os sintomas são leves, podendo ser confundidos com resfriado comum. Posteriormente a erupção das lesões na orofaringe é antecedida por um período de febre alta, os gânglios aumentam, seguido de mal-estar, falta de apetite, e por vezes vômitos, diarreia e piodermites.

Devido as aftas e a dor, surgem dificuldade para engolir e muita salivação, o que pode causar risco de desidratação .

A ingestão de líquidos, alimentos batidos por vezes frios, evitar alimentos ácidos, e repouso são indicados nesse caso.

O diagnóstico é clínico, mas podemos solicitar exames de fezes e a sorologia (exame de sangue) podem ajudar a identificar o tipo de vírus causador da infecção.

É de extrema importância estabelecer o diagnóstico diferencial com outras doenças que também provocam estomatites aftosas ou vesículas na pele.

Ainda não existe vacina contra a doença mão-pé-boca.

Por se tratar de uma doença viral, ela regride espontaneamente depois de alguns dias.

Lembre sempre de lavar as mãos antes e depois de lidar com a criança doente, ou levá-la ao banheiro.

Embora possa acometer também os adultos, ela é mais comum na infância, antes dos cinco anos de idade.

Na maioria dos casos, o tratamento é sintomático, mas a avaliação médica é fundamental! Consulte o pediatra ou médico de sua confiança.

Até o próximo sábado!