Fitness: Em busca de repetições perfeitas

Não sei vocês, mas eu fico profundamente estarrecido quando vejo uma ficha de treino com a prescrição sendo composta por sequências de números completamente ilógicas, tipo: 3×10, 4×12, 3×15, 4×12/10/8/6, tudo na mesma ficha! Sim, a quantidade de repetições de uma série faz toda diferença, mas eu, particularmente, não consigo entender a diferença entre 3×10 e 3×12. Aliás, é impossível conseguir realizar 3 séries de 10 repetições máximas (até a falha muscular) sem ter que reduzir a carga, especialmente se o tempo de descanso entre as séries for o usual 1 minuto.

A quantidade de repetições prescrita deve ser acompanhada de um objetivo, ou seja, o treino deverá ter características tensionais (geralmente com muita carga e poucas repetições) ou metabólicas (menos cargas, mais repetições e intervalos mais curtos).

Após ter definido o objetivo do treino, o professor deve escolher um método, estabelecer o intervalo de descanso adequado e, claro, a quantidade de repetições! Na minha opinião, o ideal é não ser um número fechado (tipo 10 repetições), sendo ideal utilizar margens de repetições, por exemplo: 6 a 10, devendo o indivíduo fazer, no mínimo, 6 repetições e, no máximo, 10. Essa margem serve para nortear o aluno (e o professor) sobre o momento de aumento ou diminuição da carga. No citado exemplo, se o aluno estiver conseguindo fazer mais de 10 repetições, o peso deve ser necessariamente aumentado!

Temos que lembrar que o músculo entende de esforço, de estresse. Ele responderá sempre que for levado à fadiga ou à exaustão. Então, de uma forma geral, o estímulo deve ser intenso e a interrupção usualmente deve acontecer apenas quando se chegar à falha muscular, ou seja, quando for impossível executar uma repetição a mais.

Boa parte desse texto foi escrito pelo professor Bruno Fischer, uma breve e ótima explicação sobre como montar o volume e intensidade do treino. Cuidado com professores que montam de qualquer jeito a sua ficha, sua evolução será mínima nos treinos.

Na semana que vem tem mais!

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