Fitness: Treinamento funcional e pressão arterial

Identificar as alterações hemodinâmicas agudas e subagudas de uma sessão de treino é requisito fundamental para garantir a segurança cardiovascular da mesma e, dependendo dos resultados, sugerir a aplicação de determinado tipo de treino para promover benefícios sobre esse sistema.

No que se refere ao treinamento aeróbio e de força, a literatura é contundente em afirmar que ambos os tipos de treinamento promovem respostas hemodinâmicas agudas e subagudas dentro dos limites de segurança, além de promoverem benefícios sobre o sistema cardiovascular.

Quanto ao Treinamento Funcional, devido ao recente interesse científico pelo tema, ainda são poucas as pesquisas que investigaram as respostas hemodinâmicas desse tipo de treinamento. Porém o que se tem disponível mostra resultados interessantes. Um exemplo é o estudo conduzido por Botelho et al. [Acta Scientiarum. Health Sciences 33(2):119-125,2011]. No referido estudo, os autores analisaram as respostas hemodinâmicas (pressão arterial sistólica, diastólica e duplo produto) agudas (logo após) e subagudas (10, 20, 30, 40, 50 e 60 minutos após a sessão) em 24 mulheres destreinadas (25±5 anos) submetidas a uma sessão de treinamento funcional com bola. Os resultados revelaram hipotensão pós-exercício na pressão arterial sistólica (a partir do 20º minuto) e na diastólica (a partir do 10º minuto). Como esperado, o duplo-produto aumentou logo após a sessão, porém dentro dos limites de segurança cardiovascular.

Em conclusão, do ponto de vista cardiovascular, o treinamento funcional conduzido em modelo semelhante ao investigado no estudo parece seguro para mulheres jovens, destreinadas e saudáveis.

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