Bons Tempos Dos Campeonatos Regionais!!!

Bons tempos do futebol na várzea e das manhãs de domingo, logo depois da missa, chegando no caminhão emprestado, no campo de terra batida e vermelha. E a família toda reunida apoiando os “atletas”.
A torcida se espalhava pela arquibancada com os comes e bebes, e muita empolgação. O almoço quase sempre um churrasco, onde os laços familiares eram fortalecidos. E todo mundo se divertia como louco pelo prazer único e real do esporte, o futebol.
Mas tudo evolui, alguns saudosistas, não se esquecem, os mais modernos nem fazem ideia, desse tempo tão distante.
A terra vermelha se transformou em grama verde, fresquinha. Que apanhava bastante sol e a chuva bem fininha de toda a madrugada.
Os jogadores não chegam mais de caminhão, não mais emprestado, mas de ônibus fretado de visual colorido e identificação de causar invejas.
Os juízes usavam roupa preta e eram apenas três…juiz e dois bandeirinhas.
Agora de uniformes coloridos e com patrocínio, são vistos e revistos na câmera de TV, regalias do VAR. E onde não haviam vestiários, hoje tem de tudo até briga entre jogadores.
Os Campeonatos regionais…disputados com muita rivalidade, valendo Taças e Troféus desenhados para o evento e muito dinheiro em jogo. A modernidade também trouxe a disputa internacional, os Super Campeonatos Mundiais, Intergalaticos que pedem por um estádio mais moderno, as famosas Arenas, e um gasto muito maior de manutenção, o Status de Campeão e a competição cada vez mais acirrada onde não vale mais a palavra empenhada nem o fio de barba. Caso para os advogados e para a justiça.
Técnico antigamente era um personagem respeitado por seu passado, suas referências, suas conquistas que corriam o mundo. Posso citar, o Telê Santana, considerado o Mestre até fora do Brasil.

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Mas essa confiança era um “defeito raiz”, e hoje se prefere técnicos argentinos e portugueses com certeza! Na busca da perfeição.
Nesses dias atuais se discute não mais a terra vermelha, mas o gramado. Se a grama é sintética, híbrida ou natural. Mas para que tudo se realize, e a grama aconteça é necessário grana! E muita grana!


E assim a roda continua girando, os jogadores saem e entram em transações de valores inimagináveis.
No tempo do Onça, a bola era de capotão, pesada e grosseira.
Nesses tempos a bola é tão leve que flutua com requintes de tecnologia.
As camisas dos astros do campo, são disputadas pelos torcedores e pelos patrocinadores que anunciam ate espaço de propaganda, até em cima do joelho.
E o futebol vai se amoldando a essa era tão louca.


Lembrei de meus tempos de ouvir o rádio, bem vermelho, que carregava pelos cantos da casa, para saber do meu pai, e assim mostrar em pequenos gestos que eu sabia como tinha sido a partida que ele apitara, e ouvia Geraldo Blota, Luciano do Vale, Dr. Osmar de Oliveira, Oswaldo Pascoal, Roberto Avalone, Silvio Lancellotti, Juarez Soares. Comentários pertinentes, com um pouco de pimenta, e muita história boa, dos vestiários, dos clubes e dos lances curiosos no meio do campo. Eles sabiam prender a audiência. E no dia seguinte viravam comentários no ônibus, no semáforo, na padaria assim como o “pão na graxa!”
Tempo bom esse afinado ao som da moda de viola, o Santos do Rei Pelé e Coutinho, o São Paulo de Toninho Guerreiro e Pablo Forlan, o Corinthians do Dr. Sócrates e do Casagrande, do Palmeiras de Ademir da Guia e Leivinha.


E claro os técnicos que extraíram tudo dos jogadores, ensinando jogadas, valorizando habilidades, treinando as táticas para surpreender o time adversário e encantar a torcida….
Tempo bom esse de futebol arte, de gramados verdes, de estádios lotados, de famílias inteiras acompanhando seus atletas, de vestir a camisa e se orgulharem de verdade.

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Queridos leitores….
Até semana que vem.

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