Fiquei aqui pensando como essa semana foi difícil e lembrei de alguns ditados populares, que contam a história muito melhor que mil palavras…
Meus pais costumavam usar uma “caderneta” para controlar as compras no mercado do bairro, perto de casa. E o pagamento após um mês de consumo, quase diário, era cumprido à risca.
O pão, o leite, que ainda era em recipiente de vidro, a margarina e o sabão de coco para lavar a roupa de casa, e o uniforme de árbitro de futebol.
Não era a caderneta que valia, ela na verdade, era o instrumento para registrar e preservar na memória do vendeiro e dos meus pais, o gasto consumido.
O que era preservada era a palavra, o cumprimento e a credibilidade.
Hoje está bem diferente, contratos mirabolantes com cláusulas com muita exigência, e uma infinidade de lacunas para prevenir o descumprimento do direito civil e do direito das obrigações. No caso do Dudu, que era do Palmeiras e foi para o Cruzeiro, comenta-se que as palavras ditas no vestiário e as consequências perante a torcida, causaram a rescisão do contrato. E a notícia bem recente, dá conta que ele está se oferecendo para o Clube Atlético Mineiro, arqui inimigo do Cruzeiro!
O herói recebido com festa e estádio lotado, agora sai pela porta dos fundos e promete novos desdobramentos. Nunca nada é simples!
E aí nesse caso envolve orgulho, teimosia e muito dinheiro.
Voltando aos ditados, “Quando um não quer, dois não brigam”, ou talvez “Quando um quer….difícil segurar!” Tudo isso para entender essa situação complicada do futuro técnico da Seleção Brasileira!
Será o Carlo Ancellotti? Ele quase veio no ano passado, mas pouca gente sabia do caso, apenas um apalavrado.
E no seu lugar de técnico da “Amarelinha” para não deixar vazio colocaram o Diniz que era técnico do Fluminense, e fazia o papel de “vigilante rodoviário” na cadeira de técnico. Mas não deu certo.
Então, prontamente escolheram o Dorival Jr. e também não deu certo. Afinal não se faz uma seleção afinada e campeã, com pouco tempo de entrosamento.
Agora, em 2025 quase lá na Copa do Mundo de 2026, resolvem ir atrás do Ancellotti, de novo. E de novo, nada deu certo. E assim estamos será que Jorge Jesus virá? Será que é o Abel? Está mais para o Caim ou será o Caos?! Aguardemos os desdobramentos.
O Flamengo, vai nadando de braçada, não em águas calmas, às vezes o placar não é tão elástico, por que são muitos jogos ao mesmo tempo, e preservar os titulares exige malabarismo. Principalmente em torneios de pontos corridos. Em torneios de mata mata, que exigem muito fisicamente. E a Libertadores ou Sul Americana que precisa viajar, deslocamento, altitude, gramado, torcida que se revolta e invade o campo.
O São Paulo de Oscar, de Silas, de Rai, de Furlan, de Lugano, de Toninho Guerreiro, de Calleri, de Rogerio Ceni, de Luciano, de Lucas, segue com a força de sua base, os meninos atrevidos do São Paulo, que jogam com raça e com determinação para se provar e agradar a torcida que mesmo nos feriados compareceu no Morumbi para apoiar o time e o “sanguíneo” técnico Zubeldia.
O Corinthians está sobrevivendo, por que é gigante. Outro clube certamente estaria em situação bem pior, e deslizando pela ladeira sem freios.
Fora do gramado, escândalos sucessivos e manchetes nos assuntos policiais. E isso não pode chegar até o campo. E dentro do gramado uma nova direção, um técnico que não conhece o seu grupo, sua torcida e não terá tempo para avaliar seus jogadores, nem propor táticas inovadoras e solicitar compras e trocas.
E como se sabe, hoje os resultados positivos precisam ser imediatos. Até para se garantir no cargo.
Maio é um mês complicado, para a minha memória e para o meu coração. Claro que eu queria meu pai ao meu lado. E é maravilhoso envelhecer e ainda se lembrar de muitos detalhes que fizeram a minha personalidade, minha vida e a minha história.
Procuro aqui nesse espaço sempre levar o nome de Dulcidio Wanderley Boschilia, com gratidão.
Todas as futuras crônicas que se seguem trarão mais lembranças dele e de nossos tempos juntos.
Até a semana que vem queridos leitores…
Boa semana para todos
