10 mandamentos dos intolerantes nas redes sociais   

Décadas atrás, quando ainda não existia internet, as pessoas briguentas, mal-amadas e aquelas com problemas de ordem emocional, tinham que se contentar em arrumar confusão e ofender pessoas próximas, parentes e vizinhos do bairro. O problema é que ter a língua solta no mundo real, pode gerar agressões físicas e verbais, além do rompimento de amizades e risco de processos criminais e indenizatórios.

Com o surgimento da rede mundial de computadores, smartphones, redes sociais e WhatsApp, as possibilidades de colocar para fora as mágoas, angústias, frustações e invejas embutidas, tornou-se infinitamente mais fácil. Toda essa parafernália de inovações tecnológicas foi o prato cheio que muita gente faminta por confusão e ataques buscava, ou seja, um campo de batalha amplo e inesgotável para promover ódio e desarmonia na sociedade.

Caro leitor, acredite se quiser, tem até cartilha formulada para ensinar encrenqueiros a terem mais voz e poder de ataque. Acompanhe algumas regras:

Art. 1º Participe de grupos para criar desavenças, intrigas e destruir a autoestima dos integrantes.

Art. 2º Sempre que possível, colocar em xeque a masculinidade e a feminilidade daqueles que não têm a mesma posição que a nossa.

Art. 3º Execrar participantes com posições políticas que não estejam de acordo com as convicções de nosso grupo.

Art. 4º É permitido humilhar, ridicularizar, xingar e se utilizar do pior linguajar possível, mas sempre mantendo o respeito.

Art. 5º O bullying digital é nossa arma mais poderosa.

Art. 6º Se estiver perdendo o embate, aumente o tom das ofensas, esbraveje em caixa alto e acione a tropa para auxiliá-lo.

Art. 7º Quando o assunto for sério, humilhações e xingamentos deverão ser imediatamente interrompidos. Depois voltem com os ataques com outro tema.

Art. 8º Quem for da turma deve apoiar os irmãos nos embates; assim sempre teremos mais vozes e vantagem numérica.

Art. 9º Importante criar pelo menos 10 perfis falsos e ter 3 linhas celulares não identificáveis como armas de apoio.

Art. 10° Lembre-se que estratégia boa é aquela que magoa e arrasa o oponente. Na guerra digital, tudo vale, só não vale perder.

Para finalizar, temos que pessoas agressivas e intolerantes, que atuam fora dos padrões legais, tendem a dizer que não devemos ter regulação e punição no mundo virtual. Em prol da tal “liberdade de expressão”, nos moldes que aplicam, defendem a ”liberdade de agressão”.

No entanto, sabiamente, essa posição não encontra respaldo jurídico no Código Penal Brasileiro.

Assim, os ofendidos, principalmente aqueles vitimados por fake news e crimes contra a honra, podem se socorrer ao registro policial buscando condenação criminal e ressarcimento financeiro pelos danos materiais e emocionais sofridos.

 

**O conteúdo e informação publicado é responsabilidade exclusiva do colunista e não expressa necessariamente a opinião deste site.

 

Imagem: Freepik

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