Jorge Lordello: O barato que sai caro para o síndico e para os moradores 

O trabalho do consultor de segurança condominial e empresarial consiste, basicamente, em encontrar vulnerabilidades e falhas no local a ser protegido e em seguida apresentar as melhores soluções no tocante a equipamentos físicos, eletrônicos e em relação a procedimentos e normas internas a serem aperfeiçoadas.

O profissional a ser contratado para elaborar o Projeto de Segurança deve trabalhar com isenção e independência. Não pode estar atrelado a empresas de terceirização de serviços de mão de obra ou ter ligação ou parceria com empresas de segurança eletrônica.

Embora não exista novidade quanto ao assunto, pois são conceitos já consagrados pelo mercado, reitero que a plena observância é muito importante, pois, se o síndico condominial ou gerente de segurança de uma determinada empresa, após receber o Laudo de Segurança, contratar empresa para efetivação das soluções propostas e o serviço for mal realizado, em quem pode respingar a responsabilidade?

Muitos podem atribuir “culpa” ao consultor de segurança, que nada teve a ver com a escolha do fornecedor. O problema, é que os que moram no local, e que buscam aumentar nível de segurança, podem entender que parte dessa responsabilidade também deve ser atribuida ao consultor contratado.

Ou seja, “se correr o bicho pega, se ficar o bicho come”.

Síndicos profissionais possuem carteira de fornecedores de serviços de segurança já testada, assim, esse tipo de problema é minimizado. Como lidam com vários edifícios ao mesmo tempo, conseguem identificar empresas que prestam serviço de qualidade.

Quando o assunto é a instalação de equipamentos de segurança, além da qualidade do produto a ser adquirido, o outro ponto de suma importância é a capacidade técnica da empresa que vai realizar a instalação com toda infraestrutura necessária.

Veja na foto abaixo a forma que a empresa contratada passou o fio do equipamento:

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Esse é o chamado serviço “porco”. No decorrer dos meses vai trazer problemas no funcionamento do equipamento instalado. A empresa contratada não fez a devida tubulação metálica, pois demandaria mais tempo e gasto financeiro. Preferiu contornar a fiação nas pedras da parede. Com isso, acelerou a entrega do serviço, mas, é claro, num futuro próximo o problema vai estourar nas mãos do síndico.

E quando o vidro blindado é instalado na guarita e depois de 5 meses começam a aparecer trincas enormes?

O leitor acha que a empresa que instalou vai se responsabilizar pelo problema? Creio que não, pois empresas que optam por instalação “porca”, têm como qualidade apenas o “preço baixo”. A tendência é inventarem desculpas esfarrapadas para fugir da responsabilidade.

Portanto, faço um alerta aos contratantes: analisem bem as empresas que instalam equipamentos físicos e eletrônicos antes de fechar o negócio.

Além de verificar as marcas dos equipamentos, é de suma importância saber se o fornecedor tem condição técnica para instalar conforme o recomendado pelos fornecedores.

Quem disse que o orçamento mais barato é o melhor?

Em condomínios, quando é necessário realizar despesa de médio e grande porte, o síndico, habitualmente, vai atrás de três orçamentos. Quando se trata de serviço, é natural que os preços não sejam exatamente parecidos, pois não está se comprando comodites e sim a expertise de uma empresa capaz de solucionar, de maneira profissional e efetiva, um problema ou necessidade.

Muitas vezes, o administrador analisa os orçamentos apenas pelo ítem final, ou seja, pelo custo, denotando que sua intenção é somente comparar os preços. Normalmente, essa decisão é aplaudida por muitos moradores incautos, mesmo porque, passa a ideia que o síndico escolhido está zelando pelo dinheiro da comunidade.

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Com esse tipo de raciocínio, a escolha será pelo famigerado “preço mais baixo”.

Preço é apenas uma cifra monetária. Já o valor de um serviço representa o benefício para quem compra e está ligado, principalmente, à qualidade, confiança e satisfação.

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Imagem 01: Condias

Imagens 02,  03 e 04 : Arquivo pessoal do colunista

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