Todos os dias, logo pela manhã ao abrir minha caixa de e-mails, me preparo para surpresas desagradáveis. Por isso, leio com atenção as mensagens recebidas para identificar se algum bandido digital está querendo aplicar um golpe, ou seja, introduzir vírus no meu computador. Na semana passada, recebi o seguinte e-mail, mais que provavelmente, malicioso:
“Meu Amigo de Confiança”.
Confesso que achei no mínimo estranho esse início de conversa. Observem o texto que tinha no corpo da mensagem:
“Caro amigo de confiança, como você está hoje? Espero que esteja bem de saúde. Sou a Sra. Ana Castellon Velazquez, dos Estados Unidos. Lamento entrar em sua privacidade e peço desculpas por isso. Quero entregar meu projeto de caridade a você com confiança. Fui diagnosticada com um câncer de mama que desafiou todas as formas de tratamento médico. Não tenho herdeiros e por isso encontrei você no Brasil para me ajudar. Por favor, responda-me para mais detalhes. Obrigado”.
O leitor acreditaria nessa proposta?
Responderia a mensagem ou bloquearia o contato desconhecido e suspeito?
É importante frisar, que o e-mail relatado não veio com anexo e nem link para direcionamento para site. Ou seja, num primeiro momento, seria impossível, salvo melhor juízo, a introdução de vírus em meu computador. Na verdade, os bandidos digitais vão mudando as estratégias criminosas com o intuito de obter mais resultados. Eles têm buscado, inicialmente, interação com as próximas vítimas e depois de algumas trocas de e-mails, até telefonemas, dão o bote, solicitando dados bancários, inclusive senhas ou fazem o incauto abrir anexo ou link para introdução de vírus.
Insisto para o amigo leitor não acreditar em história da carochinha com promessas mirabolantes. Na verdade, querem se apoderar do seu rico dinheirinho.
Jorge Lordello
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