Lordello: Como evitar golpes de clientes no comércio

Muitos clientes alegam que alguns caixas, ao devolverem troco em dinheiro, ofertam valor menor que o correto. Pode ocorrer um erro ou o funcionário está agindo de má fé para beliscar alguns reais.

No entanto, o contrário também é verdadeiro! Estelionatários disfarçados de clientes se utilizam de estratégia criminosa na hora de pagar a conta. O objetivo é enganar o caixa e amealhar alguns reais. Repetindo a ação diversas vezes por dia e em inúmeros comércios, esses malandros acabam tendo o crime como forma de pagar suas contas.

Tive acesso a alguns vídeos fornecidos por donos de estabelecimentos comerciais, que foram obtidos através de câmeras de segurança apontadas para a área do caixa.

Observe como o golpe é engendrado.

A cliente, bem vestida, faz compra de valor de menos de dez reais. Os golpistas procuram comércios com movimento intenso, pois assim os funcionários não prestam tanta atenção no quesito segurança. Na hora de pagar, a moça dá como forma de pagamento cédula de cem reais. O caixa rapidamente pega a nota e guarda. Em seguida, entrega o troco à cliente. Nesse exato momento outra pessoa surge e faz pergunta ao funcionário, tirando sua atenção da cliente que atendia, a qual retira sorrateiramente uma cédula de vinte reais do troco que estava em cima do balcão e passa a dizer que está faltando dinheiro. O caixa reconta as cédulas e percebe que realmente faltam vinte reais. A cliente põe pressão, dizendo que está com pressa. Nesse contexto, o funcionário acaba entregando cédula de vinte reais, vindo a descobrir o golpe somente no final do expediente, quando for bater o caixa e notar falta do numerário.

Portanto, caixas de comércios devem agir como os caixas de agências bancárias, que são treinados para coibir esse tipo de ação criminosa.

Veja o passo a passo para receber pagamento em dinheiro:

 

1) Primeiramente, conte na frente do cliente e em voz alta o valor recebido;

 

2) Guarde no caixa o dinheiro recebido e anote o valor num papel na frente do cliente;

 

3) Verifique o valor gasto pelo cliente na loja;

 

4) Faça a contagem do troco na frente do cliente e em voz alta, para que ele verifique que o valor está correto;

 

5) Se mesmo assim o cliente tentar argumentar que está faltando troco, diga que irá chamar o gerente para dar ciência do ocorrido;

 

6) O gerente deve dizer que os caixas da loja são treinados para não errar o troco. Se insistir a dúvida, a única alternativa é irem juntos analisar as imagens do circuito de câmeras de segurança, isso para ver quem tem razão.

 

É por isso que aconselho aos donos de lojas a instalação de uma ou duas câmeras na área onde os caixas trabalham, não só para minimizar risco de assaltos, como também solucionar casos de intrigas em relação ao valor do troco ou vice-versa.

Somente com esse tipo de “vacina” é possível parar o sangramento do lucro de empresas por marginais.

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