Se um parente próximo ligasse pedindo dinheiro emprestado para resolver problema grave e que pagaria no mesmo dia, você atenderia o pedido?
Não sei qual sua resposta, mas peço que preste atenção no relato que recebi de uma seguidora pelas redes sociais:
“Lordello, ligaram no meu trabalho e a pessoa falou que era um primo querido que há muitos anos não via. Ele disse que estava indo fazer uma visita surpresa para minha mãe, mas o carro dele quebrou na pista. Como estava sem crédito no celular, me passou o número de um mecânico que iria socorrê-lo; queria saber se ele iria demorar. Atendi meu primo e liguei para o tal mecânico, que alegou que o conserto ficaria em R$ 2.800,00. Disse ainda que só aceitaria o pagamento em dinheiro, pois estava cansado de levar calotes. Informei meu primo e ele solicitou que eu depositasse na conta bancária do mecânico e que naquele mesmo dia, depois que o carro ficasse pronto, iria ao banco fazer transferência para minha conta. Acreditando na história, usei o limite do cheque especial para fazer o depósito na conta que me foi passada e enviei o comprovante de transferência pelo Whatsapp, conforme exigido. Só fui perceber que tinha caído num golpe quando começaram a pedir mais dinheiro”.
Muitas vítimas já caíram nessa armadilha; os estelionatários conseguem informações preciosas nas redes sociais e armam arapucas. As pessoas são pegas “frias”, durante horário de trabalho e acreditam que a voz do celular é realmente do parente, pois, geralmente, ligam de ruas com muito ruído de trânsito, o que dificulta o pleno entendimento.
Nesses casos, para saber se é ou não um golpe, basta fazer uma pergunta difícil, bem pessoal, que somente o parente saberia a resposta. A estratégia dos malandros virtuais é não deixar a vítima raciocinar ou conversar com outra pessoa.