Sem mais delongas, vou direto ao ponto. O que mais vejo nas mídias sociais e em grupos de whatspp, são curiosos falando com “propriedade” e absoluta certeza de assuntos sobre os quais não têm o mínimo conhecimento para professorar.
Comentam sobre tudo que pode gerar polêmica; política, vacina, psicologia, segurança, sistema penal, cracolândia e etc., sem nenhum tipo de cerimônia ou vergonha.
São os doutores ou os livre docentes da rede mundial de computadores, mas sem diploma, nenhuma experiência prática e nem estudo suficiente para dissertar sobre temas sérios e profundos.
O interessante é que acreditam no que falam ou tentam passar essa impressão.
É a chamada certeza dos ignorantes!
Se alguém ousar discordar, a estratégia é sempre a mesma, elevar o tom do debate, muitas vezes agressivamente, para tentar inibir que o oponente continue a apresentar dados estatísticos e fontes seguras de informação que contrapõe as teorias mirabolantes e sem embasamento técnico.
Mas por que esses achólogos ou opinólogos, “com múltiplos conhecimentos”, não eram presentes antes do celular e da internet?
Muito simples, no mundo real fica bem mais difícil falar “abobrinhas” e levantar teorias da conspiração, além do que só atingiria familiares e amigos, e esses, provavelmente, ridicularizariam ou passariam a ver o “sabe tudo” com desconfiança e até menosprezo.
Mas pelo celular a coisa muda de figura. Imagine uma pessoa solitária, carente, com baixa autoestima, muitas vezes com problemas de ordem emocional ou até mesmo entorpecida por álcool ou remédio controlado e que deseja fazer desabafos para o mundo.
Qual seria o campo ideal para essa batalha?
O mundo virtual, é claro, onde os “achólogos” de plantão acreditam, ainda, que podem vomitar qualquer besteira e não responder criminal e civilmente.
No entanto, quando recebem notificação policial ou judicial para responderem por suas falas infundadas, mentirosas ou agressivas, a realidade vem à tona. O mundo virtual desaba, dando lugar ao mundo real, com suas regras e responsabilidades.
Outra consequência danosa, é a chamada vergonha alheia, que é um sentimento de constrangimento que se tem ao presenciar alguma situação embaraçosa protagonizada por alguém conhecido, que, normalmente, não percebe o quanto ridículo, estúpido, ignorante ou vergonhoso foi o seu ato.
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Imagem: Hype Science