Arielli Margiotta: Velocitá per la Vita – Não pare na pista

Não é texto sobre a Itália, nem poderia, porque essa semana a inspiração é da minha vida mesmo.

Tenho a ousadia de escrever certas passagens que me ocorrem, seja por vaidade ou desabafo, juro que busco saber a dinâmica da coisa toda, nem sempre há lógica.

Avancemos.

Essa semana em especial acelerei mais do que o habitual e descobri que ter velocidade tem suas vantagens, mas desvantagens assustadoras, aliás, não é à toa que um amigo me chama de Darth Vader do amor!!

Meu Deus, sou um ser humano esquisito, confesso, romântica incurável e, às vezes, detestável.

E lá vai mais uma dose de paixão, minha vida é feita disso, não sei me economizar, entro de cabeça, corpo, alma e malas em qualquer lugar ou relação, gosto de sentir tudo a flor da pele, gosto da sensação de rasgar a pele, porque sei que tudo na vida cicatriza, basta tempo, não é?

Agora tento aprender sobre tempo, porque não vejo explicação em viver no linear, sou capaz de atropelar, retroceder e avançar com uma força tão bruta quanto um canhão de guerra.

A semana seguiu e alguém sutilmente me advertiu que eu não sei esperar as coisas acontecerem, e obviamente é verdade, mas como explicar para alguém como eu que não tem paciência para ver crescer um bolo no forno, ver um amor ou sabe-se lá o que crescer na relação? Bolo, plantas e qualquer coisa que demande muito tempo me assusta, e não deem risada, a loucura aqui é veloz, ou em italiano velocitá, amo essa palavra.

Relação é relação, deixar rolar e ver o que pode dar. Faço isso com piscinas e mar, afinal, o máximo que pode acontecer é afundar ou boiar.

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Não tenho medo de morrer afogada, ainda sei nadar.

Sempre fui assim, muito provavelmente cheguei ao mundo assim, acelerada e sem paciência.

Segundo minha mãe, eu nasci de 9 meses, fui uma criança normal, porém agitada. Ela tinha pânico em me levar a lugares abertos, relatos da progenitora eu corria mais que quenianos, sumia em minutos, tamanha era minha vontade de viver, acho que isso explica esse vulcão em pessoa.

Não sou da fileira do meio, não curto pizzas pela metade, odeio a expressão metade da laranja.

Não sei ficar em cima do muro.

Não curto chá morno, ou frio daqueles gelados de trincar os dentes ou quente para queimar a língua.

Não paro na pista, e não importa a pista, seja de patins, skate, carro ou pista de boliche, (essa última eu sou boa, porque a arte de derrubar pinos é minha especialidade).

Bora derrubar essa semana aquilo que não faz bem para o nosso coração.

Por favor, faça strike, é sempre mais emocionante.

Um beijo cheio de velocidade e até a próxima semana.

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