Cadê meu advogado: Síndico profissional – profissionalizar é preciso!!

Além do amor pelo Direito do Consumidor, tenho cada vez mais me apaixonado pelo Direito Imobiliário e Condominial. Portanto, a partir de hoje irei falar também sobre o tema, abordando desde situações do cotidiano, como tendências para o melhor desenvolvimento dos condomínios, iniciando pelo seu representante, o síndico.

Em recente pesquisa realizada pela Associação das Administradoras de Bens Imóveis e Condomínios de São Paulo (AABIC), foi identificado a existência de aproximadamente 58 mil condomínios registrados e legalizados no estado de São Paulo. Desses números, foi observado que na região metropolitana há em torno de 31 mil condomínios e na capital 27 mil.

É notável a importância dos condomínios, pois são verdadeiras empresas que movimentam a economia, geram empregos, contratam empresas prestadoras de serviços, pagam muitos impostos, além de contribuir para o desempenho da indústria de construção civil que cresce na mesma velocidade em que crescem as construções de condomínios.

A pesquisa apontada, além de gerar números expressivos, desperta também a reflexão sobre a necessidade de profissionalizar a gestão dos condomínios, pois, devido ao crescimento quantitativo e a tendência de que as pessoas possuem cada vez menos tempo para se “preocuparem” com problemas do dia-a-dia de um condomínio, talvez, o maior desafio esteja em como gerir esses problemas.

Daí, surge a figura do Síndico profissional que poderá ser corporificado por meio de uma pessoa física ou de uma pessoa jurídica (mais indicado), com qualificação e conhecimento profissional inerente às atividades condominiais de gestão, as quais englobam (relações interpessoais profissionais, mediação de conflitos, técnicas de negociação, transparência na relação, conhecimentos jurídicos, responsabilidades por ações e omissões, gestão de pessoas, prestação de contas – financeira e de desenvolvimento de trabalho, entre outras…)

Como já citado, os condomínios são considerados verdadeiras “empresas” e não há mais espaço para Síndicos “tradicionais” (amigos de alguns, inimigos de outros, que acumulam funções de síndico, zelador, porteiro, eletricista, encanador, professor, babá, etc…), haja vista que, a exigência do cotidiano tem demonstrado que PROFISSIONALIZAR É PRECISO!

Afinal, o condomínio é uma pessoa jurídica que possui direitos e deveres, e que, necessariamente deverá estar bem representada na pessoa do Síndico, pois, tais direitos e deveres poderão refletir diretamente ou indiretamente nos condôminos que lá residem.

Portanto, a mão de obra especializada de um Síndico Profissional não pode ser encarada como despesa para o condomínio, de modo que, o despreparo de muitos “aventureiros” que aceitam e são eleitos Síndicos (não profissionais) oneram de forma substancial a vida saudável de um condomínio, seja por uma economia “burra”, por exemplo, uma peça de elevador que o Síndico (não profissional) queira retificar por sua conta e risco, visando economizar (R$) do condomínio, porém, acontece um acidente com o elevador reparado pelo Síndico e alguém se fere ou morre. Imagine o tamanho do problema que o condomínio poderá ter por causa de uma atitude de um Síndico (não profissional), e esse, é só um exemplo de problema que faz parte do dia-a-dia dentro de um condomínio.

Felizmente (ou infelizmente para alguns), não há mais espaço para pessoas desqualificadas no mercado de trabalho, e nos condomínios não é diferente, a qualificação de um Síndico Profissional poderá fazer toda a diferença, especialmente por conta de sua qualificação e expertise, pois, poderá antever situações e tomar atitudes que possam evitar problemas futuramente (o bom e velho ditado “é melhor prevenir do que remediar”).

A implementação da cultura do “prevenir” é melhor do que “remediar” ainda é pouco aceita em nossa cultura (brasileira). No entanto, políticas de prevenção “compliance” dentro de condomínios é uma tendência real e os números de satisfação têm sido substanciais. Consequentemente, vale a pena refletir sobre o tema e verificar se, de fato, a contratação de um Síndico Profissional não é a melhor saída para o seu condomínio.

Afinal, contratar a mão de obra especializada de um Síndico profissional é ter a certeza de que o seu condomínio contará com o respaldo necessário para garantir a Saúde, Segurança e o Sossego tão esperado e desejado pelos condôminos.

Até a próxima…

Acessória jurídica para condomínio, síndico ou administradora.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.

Compartilhe esta notícia

Mais postagens