Talvez você já passado por uma desilusão sentimental, que deixou feridas que um dia pensou serem irreparáveis e que nada seria mais como antes.
Talvez seu sonho de amar tenha sido desfeito por alguém que pensou ser realmente uma pessoa merecedora de toda sua dedicação e declarações sentimentais.
Talvez você tenha conhecido de perto a dor do amor, e prometeu a si que isto jamais ocorreria novamente. Trancou-se em sua vida, isolou-se de tudo e todos, radicalizou seu comportamento, empedrou seu coração e aguarda que algo mude para você mudar.
Hoje a pergunta que você mais se faz é:
– será que amar realmente vale a pena?
Sofremos por amor, quando apenas um dos dois realmente se prepara para amar, sofremos por amor quando apenas um dos dois se dispõe fazer o que precisa ser feito relativo aos assuntos do coração.
Uma pessoa que ama não fica limitada esperando que o melhor aconteça, ela luta para que o melhor aconteça na vida dos dois. Procurar entender o amor e suas tênues linhas é como tentar decifrar um mistério que não pode ser decifrado, pois foi feito apenas para ser vivido. Muita gente tenta ficar decifrando quando deveria vivenciar seus sentimentos. Se torna uma pessoa limitada na compreensão de sua cara metade pelo que conhece apenas de si mesmo.
Amar é sofrer, quando tentamos sistematizar nosso sentimento e da pessoa com a qual convivemos. O amor não poder ser sistematizado como uma estratégia, ele tem ciclo próprio de condução, as pessoas precisam de maturidade para sentir este fluxo. Mas, se não puder medir, mensurar, aprisionar e colocar um botão de on-off sentimos que isto não foi feito para nós.
Sofrer por amor não é fácil, só quem já trilhou por estas bandas sabe o tamanho da dor.
O interessante é quando uma luz surge nesta escuridão, uma nova esperança bate em nosso coração, talvez a mais sublime característica do amor seja realmente a esperança.
Um amor não morre naturalmente, ele é assassinado aos poucos pela negligência, pelo abandono, pela indiferença, pela omissão, pelo tédio e por não ser alimentado.
Sentimos o pulsar da vida enquanto respiramos, assim é o amor, podemos sentir seu pulsar enquanto amamos. O amor é aquilo que acontece enquanto perdemos tempo com detalhes que fazem parte da vida e não dos sentimentos.
O amor não amadurece com a idade, mas com a intensidade que é vivido. Precisar de alguém é diferente de amar, ter de conviver com alguém por razões adversas é diferente de amar. Se condenar a aturar alguém é diferente de amar. Muitas pessoas vivem estas situações e ai, claro pensam que amar não vale a pena.
Amar é cooperar na direção dos sentimentos mútuos que afloram em seu coração pela pessoa que escolheu, deixando que a delicadeza das atitudes possam definir seu interior.
O medo de entregar-se sufoca as possibilidades de fazer com que você sinta o prazer de amar. Muita gente fica atropelando seus sentimentos com medo disso, daquilo e daquele outro.
Quando a vida a dois é limitada a um convívio passivo ou por conveniência, realmente amar não vale a pena. Mas sentimos vontade de fazer umas loucurinhas sentimentais ou umas férulas românticas, vamos despertando valores importantes para manter e ampliar a chama de uma união.
Quando uma atmosfera de segurança se forma numa relação, tudo começa valer a pena, formando um equilíbrio das emoções e atitudes. Mostrando que um está tentando fazer o outro feliz e o melhor, ambos reconhecem o que está acontecendo e fortalecem suas convicções amorosas.
Saber o que precisa ser feito, mas não fazer é triste, além de causar um vazio imenso, nos afasta daquilo que desejamos viver com a pessoa que está ao nosso lado.
Vale a pena amar, mas só quando você prepara seu coração, seu intelecto, seu jeito de ver as coisas e procura meios de tornar-se melhor, com o objetivo de ser feliz. Felicidade precisa de investimento, não vem sozinha, ela está onde nós a colocamos e trabalhamos por ela.
Nunca conheci alguém que conheceu o amor e disse não valer a pena, normalmente dizem: dá um pouco de trabalho, mas vale a pena amar.
Existem coisas muito difíceis de serem praticadas num relacionamento, mas são extremamente necessárias.