Lilian Schiavo: Mulheres guerreiras

Para combater uma guerra como a que estamos vivendo é preciso ser uma guerreira.

Estabelecer novas estratégias, ser disruptiva, inovadora e paciente.

Treinar acrobacias para conseguir aparentar serenidade numa videoconferência enquanto os filhos interrompem para pedir ajuda, os cachorros latem e o gato passeia pelo seu teclado.

A quarentena está transformando algumas empresárias que só usavam o celular para se comunicar com a família em digital influencer, peritas em vendas online e marketing.

Para sobreviver formamos uma rede de mulheres que se apoiam, onde divulgamos os produtos e serviços das micro e pequenas empresárias, trocamos ideias e experiências.

Funciona! Você adquire um produto ou serviço com um valor agregado, você conhece a história da empresa. As vitórias e conquistas são comemoradas pelo grupo e quando uma de nós tem um problema, a rede é acionada.

Somos guerreiras desde que nascemos, penso que esta é uma característica feminina, afinal, desistir é para os fracos.

Um exemplo é a história de Thomas Edison, o criador da lâmpada elétrica e um dos maiores inventores do mundo. Quando criança, voltou da escola com um bilhete do professor, a mãe ao ver o papel ficou com lágrimas nos olhos e resolveu ler em voz alta: “Seu filho é um gênio. Esta escola é muito pequena para ele e não tem professores ao seu nível. Por favor, ensine-o você mesma.”

Adulto, muitos anos após o falecimento da mãe, Thomas Edison encontrou o bilhete que dizia: “Seu filho é confuso e tem problemas mentais. Não vamos mais deixá-lo vir à escola.”

Conheço várias mães que ignoraram prognósticos sombrios e criaram filhos vencedores que superaram as expectativas, acreditar em milagres é uma de nossas especialidades.

Existem várias empresárias de sucesso que se especializaram em ouvir nãos, que foram desacreditadas e humilhadas, que seguiram em frente apesar dos pesares e chegaram lá! Conquistaram o que parecia impossível.

Confesso que treinei meus ouvidos para pessoas que duvidam de tudo, que dizem que não vou conseguir, que sou incapaz, que o melhor é desistir. Adquiri uma surdez seletiva que me impulsiona a vencer.

É preciso lembrar que na Guerra do Paraguai a população masculina foi praticamente dizimada e as mulheres corajosamente reergueram o país e preservaram a cultura, a tradição e a língua.

Somos guerreiras mas podemos chorar, gritar, encarar as frustrações, buscar apoio quando nos sentimos desamparadas, aprender cada vez mais, ser humilde para pedir desculpas e perdoar.

Algumas de nós pode aparentar fragilidade, docilidade e meiguice mas não se iluda! A ausência de agressividade pode sinalizar uma elevada autoestima, significa que não precisamos chutar a porta porque temos a chave para abri-la.

Cada uma do seu jeito está guerreando, combatendo os próprios medos, a solidão, enfrentando os inimigos que paralisaram nossas vidas e a economia do país.

Estamos unidas por elos de esperança por dias melhores, pela fé, pela certeza que mais uma vez vamos vencer e sobreviver.

2 respostas

  1. Lilian querida! Vc é exatamente o que escreveu. Uma guerreira cuja armas são a bondade, amor e muita compreensão.
    Faço parte deste seu clã OBME, com muito orgulho.
    Me disponho a lutar com vc, munida das mesmas armas!
    Com carinho

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