No dia 19 de novembro comemoramos o Dia Mundial do Empreendedorismo Feminino, esta data foi criada pela ONU em 2014 com o objetivo de incentivar as mulheres a entrar no mundo dos negócios e abrirem empresas.
Segundo pesquisa do SEBRAE o Brasil tem 24 milhões de empreendedoras!
Esse número expressivo reflete a importância do protagonismo feminino, da independência financeira e empoderamento da mulher como fonte de receita e também combate à violência doméstica.
A cada 2 minutos uma mulher é agredida fisicamente, mas existe também a violência psicológica, moral, sexual e patrimonial.
Ser dona de um negócio é ser dona da própria vida, ou como diz a minha filha, é ser dona da coisa toda.
As micro e pequenas empresas são o motor da economia, representam 99% dos empreendimentos e respondem por 30% do PIB, segundo dados do SEBRAE.
As mulheres se transformam em empreendedoras por diversas razões, principalmente movidas pela necessidade de sobreviver.
Pode ser a maternidade, uma separação conjugal, a perda do emprego, a necessidade de cuidar de pais ou parentes doentes.
A verdade é que para ser dona do próprio nariz precisamos ser libertas financeiramente, livres para poder dizer não ou mudar de vida e resolver caminhar sozinha.
É necessário coragem para acreditar em si mesma, ter autoestima elevada para não se abater, é preciso saber que o caminho é longo e espinhoso.
As mulheres são maioria nas universidades, mas somos minoria nos cargos C-level e lutamos por igualdade salarial.
Num workshop tinha 5 minutos para explicar quem sou e tive uma aula de marketing. A interlocutora explicou que nós gastamos o tempo contando quem somos ou desfiando o currículo, concordei… aprendi que devemos falar o que fazemos, quais são os nossos planos e principalmente mostrar porque alguém se interessaria em te conhecer.
Entendi que vender produtos ou serviços é colocar nosso talento a serviço do outro.
Incentivar o empoderamento feminino é capacitar as mulheres a impulsionarem a economia e garantir um futuro melhor para as próximas gerações.
Já ficou provado que investimos nosso dinheiro prioritariamente em saúde e educação, para os filhos e também para nós mesmas.
O Banco Interamericano de Desenvolvimento aponta que se houvesse igualdade de gênero na América Latina, o PIB regional aumentaria em 16%.
A importância da participação feminina é evidente, precisamos fortalecer as empresárias e empreendedoras, criar oportunidades de negócios e mecanismos que facilitem o acesso ao crédito.
É preciso entender que o empreendedorismo feminino provoca um impacto social positivo, gera empregos e riqueza.
As mulheres merecem ocupar os lugares que quiserem, não aqueles que lhe são permitidos.
Lilian Schiavo.