Gosto de esperançar e sonhar, sou daquele tipo que tem fé na vida e por isso tenho uma espécie de imã que atrai gente que parece comigo, que compactua da mesma visão.
Gente do bem, que gosta de abraçar, de ter amigos, gente que segura a porta do elevador para permitir que outros também entrem, parecer bobagem, mas na verdade gentileza gera gentileza e ainda contagia quem está ao redor.
Somos aqueles que abominam a maldade, a prepotência e os egos inflados. Queremos distância dos interesseiros, dos invejosos, dos insensatos e desonestos.
Pode parecer utopia, mas vivo num mundo repleto de exemplos reais de gente que gosta de gente, que demonstra afeto, compaixão e empatia.
Esta semana assisti uma aula sobre internacionalização de empresas europeias no Brasil ministrada por um professor chamado Wesley Sa Teles Guerra, PhD em Sociologia, pesquisador, professor, escritor e consultor de RI, especialista em marketing internacional e internacionalização, smartcities e desenvolvimento local, inovação, paradiplomacia e migrações.
Dono de um currículo invejável, me surpreendeu com um artigo no Linkedln, Newsletter Paradiplomacia & Smartcities, autor Wesley Sa Teles Guerra intitulado “Carreira internacional” onde diz:
“Nunca menti sobre minha origem humilde e as dificuldades que enfrentei sendo mestiço de índios e homossexual declarado, além de imigrante na Europa… Foram muitos os muros que tive que escalar, alguns deles impostos, outros construídos pela minha própria percepção do mundo… Porém parafraseando uma das frases do evento “as vezes estamos presos em nossa própria visão de mundo e no prisma de nossa realidade” hoje posso dizer, depois de uma noite de reflexões e de acalmar meu coração por conhecer a Lilian Schiavo uma pessoa a qual sempre admirei e que igualmente teve que lutar suas próprias batalhas… tive a oportunidade de refletir muito sobre a possibilidade de ter uma carreira internacional…
Eu parti de base alguma, de uma família ribeirinha do vale do Rio São Francisco, limitada intelectualmente, com muitas limitações financeiras, mas com muita capacidade, e batalhei para conquistar meu espaço… lutei e continuo lutando.”
Sempre detestei aqueles testemunhos de gente de famílias acomodadas que se acham empreendedores por seguir o negócio do papai ou por vender brigadeiros em sua escola particular… não… eu nunca tive essa sorte! mas eu nunca desisti… eu busquei construir minha base e me reconhecer como pessoa, construir aquilo que desejava ser como indivíduo, e para isso não é preciso ser ou nascer rico, mas ter um espírito aberto a aprendizagem… o meu Rio Branco foi minha própria vida – Wesley Sa Teles Guerra
Nem preciso dizer o tamanho da minha surpresa e emoção ao ler esse artigo escrito pelo Wesley, uma sumidade em Relações Internacionais, um profissional que admiro pela competência e sabedoria acumulada, e assim como ele pude refletir sobre a humildade e nosso sentimento de admiração mútua.
A aula foi virtual, mas se fosse presencial provavelmente estaria sentada na primeira fileira pronta para absorver cada palavra, sem piscar um instante para não perder nada.
O dicionário explica que admiração é uma disposição emocional que traduz respeito, consideração pela pessoa que consideramos incomum e extraordinário.
Ser humilde é uma virtude, uma qualidade na qual todos se encontram no mesmo nível de dignidade, respeito, simplicidade e responsabilidade, é um adjetivo atribuído a uma pessoa que não possui aparência de vaidade e que conhece suas próprias limitações.
Com respeito, humildade e muita admiração agradeço e parabenizo ao Wesley pela excelência do artigo.
Você é um gigante! Um exemplo que podemos virar o jogo, ocupar espaços, ser protagonista da própria vida, decidir vencer e ainda por cima compartilhar conhecimento.
Gratidão!
Lilian Schiavo
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