Lilian Schiavo: Círculos de sororidade

Ah, se as mulheres soubessem o poder que têm, o mundo seria bem diferente… nem me atrevo a dizer se melhor ou pior, apenas afirmo que seria de outro jeito.

Sabemos que somos maioria na população do país, segundo o censo representamos 51,8% , aproximadamente 110 milhões de mulheres!

Também somos maioria nos bancos escolares, incluindo as universidades e cursos de pós-graduação.

Segundo pesquisa respondemos por 80% das decisões de compra nos lares brasileiros e neste caso, se você pensar é realmente quase tudo!

Numa palestra comentei esse percentual,  um homem levantou a mão e disse que provavelmente os 20% restantes deveriam ser de homens que moravam sozinhos.

Toda esta introdução foi para uma constatação óbvia, imaginem a força que temos quando estamos juntas!

É aquela história: você consegue quebrar um graveto com muita facilidade, mas tente fazer o mesmo com um feixe de gravetos… não vai conseguir.

Um estudo demonstrou que mulheres empreendedoras ou empresárias que participam de alguma associação ou rede conseguem resultados melhores em seus negócios.

A palavra sororidade não existia antigamente, foi inventada em 1970 por uma líder feminista  e por isso está ligada a movimentos que promovem a  ideia de união entre as mulheres.

Sororidade significa irmandade, uma relação de empatia, apoio mútuo, sem rivalidade ou julgamentos.

Fico pensando… quem inventou essa história que mulheres competem entre si? Que não são amigas de verdade? Que uma puxa o tapete da outra?

Claro que vivo num mundo real onde existem mulheres boas e más, encontro aquelas que se alegram com o sucesso da outra mas também conheço as invejosas de plantão.

O importante é você escolher de que lado quer ficar, se prefere crescer exponencialmente e comemorar cada vitória em grupo ou estagnar e perder seu tempo fazendo fofoca, falando sozinha e arquitetando maldades.

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Mulheres sororas estão se reunindo com afeto, uma apoiando a outra, dando as mãos mesmo que virtualmente, dividindo conhecimento e experiência.

Quem olha de fora acha esquisito a forma como nos tratamos, como irmãs, como uma família, formando um círculo de sororidade.

Perguntam se somos uma seita e então lembro que as bruxas foram queimadas, elas compartilhavam saberes e magia, conheciam segredos, se reuniam em volta da fogueira para cantar e dançar.

Elas aparentavam ter um poder inexplicável e isso causava muito medo.

Temos a capacidade de gerar vidas, ideias, sonhos e projetos. Nascemos intuitivas e com dons inexplicáveis, dizem que somos capazes de fazer várias coisas ao mesmo tempo e às vezes damos a impressão que enxergamos 360°, tamanha a amplitude de nossa visão periférica.

O fato é que quando mulheres se unem, são capazes de transformar e mover o mundo, deve ser por isso que insistiram que somos o sexo frágil, só que ninguém mais acredita nisso, pelo contrário, somos como lobas capazes de liderar matilhas, destemidas e anti frágeis.

“Eu não estou mais aceitando as coisas que não posso mudar. Eu estou mudando as coisas que não posso aceitar.” Angela Davis

Lilian Schiavo

**O conteúdo e informação publicado é responsabilidade exclusiva do colunista e não expressa necessariamente a opinião deste site.

Imagem: Freepik

 

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