Lilian Schiavo: Liderança da mulher na gestão de conflitos

Na época da faculdade aprendi que existem 2 tipos de líderes: o de fato e o de direito.

A líder de fato é aquela que de maneira espontânea comanda a equipe, é a pessoa a quem se busca para tirar dúvidas ou trazer novas ideias, é a líder carismática, é aquela que parece um farol que guia o caminho das outras, é a líder nata.

Em contrapartida, líder de direito é aquela que recebeu um título, ganhou autoridade para exercer o comando, figura na hierarquia da empresa, mas nem sempre consegue dirigir a equipe.

É exatamente a capacidade de se relacionar com os outros que vai influir na capacidade de liderança.

Hard skills são as habilidades técnicas, os aprendizados adquiridos.

Soft skills são as competências relacionadas à inteligência emocional, é subjetiva, é a capacidade de interagir com as pessoas.

A nova liderança feminina é horizontal, encoraja a participação de todos, compartilha poder, sabe delegar e estabelecer conexões, tem uma visão sistêmica.

As mulheres sentem que precisam se esforçar mais que os homens, por isso, ao atingir altos cargos incentivam ações para encorajar outras mulheres a ocuparem posições de comando.

Uma líder precisa gostar de pessoas, ser autêntica e sincera, colaborativa, clara na sua missão e ter compaixão para apoiar e ensinar seus liderados.

Como nem tudo é um mar de rosas, a gestão de conflitos é uma importante ferramenta para estabelecer a paz e harmonia nas empresas.

É natural que cada pessoa tenha uma opinião própria e isso não deveria ser motivo de discórdia, pelo contrário, a diversidade produz mais criatividade e oportunidades de inovação.

A palavra conflito significa choque entre duas coisas, embate de pessoas ou grupos opostos, ocorre quando há divergências ou incompatibilidades de ideias.

Para lidar com os conflitos, a palavra-chave é negociação e o resultado deve ser um ganha-ganha.

Devemos chamar as partes para que sejam ouvidas, sem julgamentos ou interrupções, com empatia e respeito.

É encontrar soluções amigáveis baseadas numa conversa franca, deixando a emoção de lado, é se colocar no lugar da outra e entender o que ela sente.

Lidar com pessoas é uma arte.

E se alguém se sentir insatisfeita, injustiçada ou diminuída é bem provável que ela se transforme num foco de discórdia.

Já percebeu que quando uma pessoa do grupo está triste é como se sintonizasse a tristeza em todos? Da mesma forma, quando alguém surge todo feliz dá a impressão que o céu se ilumina? Já se deu conta que o riso é contagioso?

Para lidar com conflitos precisamos ser amigáveis, oferecer ajuda, ser uma excelente ouvinte, evitar fofocas e estar disponível para resolver os mal-entendidos, sem disputas, sem ganhadoras ou perdedoras, com resiliência e soluções pacíficas.

Na prática é liberar perdão, acabar com as mágoas e sentimentos que envenenam a alma.

Sou Embaixadora da Paz e confesso que quando assumi este cargo fiquei muito receosa, afinal, como construir uma cultura de paz?

A resposta está na simplicidade e humildade.

A paz começa em casa, com a sua família, invade as ruas, os bairros e as cidades como uma onda que reverbera.

Começa com pequenos gestos capazes de transformar comportamentos, com gentilezas e gratidão.

“Não existe um caminho para a Paz. A Paz é o caminho.  Mahatma Gandhi

Lilian Schiavo

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Imagem: Freepik

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