Esta história começou em 2017, quando o Andreoli me ligou convidando para escrever uma coluna sobre empreendedorismo feminino no seu portal, lembro que a primeira reação foi dizer não, afinal, arquitetas desenham e escrevem memoriais descritivos, nada parecido com um texto que pudesse ser publicado.
Mesmo assim, aceitei uma reunião para entender… escrever significava me expor, mostrar meus sentimentos e ideias, mas e se me odiassem? E se ninguém quisesse ler? E o perigo de contar segredos, histórias e sentimentos.
Passei alguns dias refletindo, afinal, cheguei numa fase da vida que o ridículo não me assusta tanto, esta é uma das vantagens de ter mais de 50 anos, você passa a se importar menos com o que os outros pensam e mais com o que você sente, talvez fosse bom experimentar algo novo, compartilhar experiências e conhecimento.
Lembrei que as primeiras vezes de qualquer coisa são inesquecíveis! Então, bora inventar, testar e inovar, sem medo de ser feliz.
Mas e se não der certo? Se for uma loucura da minha cabeça? O jeito seria parar, respirar fundo e corrigir a rota, retomar o caminho ou desbravar outra estrada.
Para quem não me conhece, vou me apresentar, gosto de gente, de conversar, sou muito curiosa, vivo em aprendizado constante, tenho um caderno onde escrevo meus sonhos e objetivos, todos os dias acordo agradecendo a Deus pelo novo dia.
Sou um exemplo de como o associativismo e o voluntariado podem abrir novas possibilidades de crescimento, oportunidades de participar de Rodadas de Negócios Internacionais e principalmente construir laços comerciais e de amizade com pessoas do mundo todo.
Ao ingressar em uma rede, sua vida pode mudar, assim como aconteceu comigo.
Comecei nesse mundo, como a maioria das pessoas, sentada numa platéia, participando de reuniões e almoços, tentando entender o que era e como funcionam essas organizações, quais os benefícios e resultados esperados.
Me apaixonei pelo empreendedorismo social e atualmente estou presidente e conselheira em várias organizações internacionais.
Mas preciso confessar uma coisa, sou tímida por natureza e cada vez que vou palestrar sou acompanhada por borboletas que cismam em voar pelo meu estomago, com isso, quero dizer que se você tem um sonho e está com medo, vai com medo mesmo, com frio na barriga e pernas tremendo, se necessário, faça como eu, peça um púlpito para poder se apoiar, se segure firme e vai em frente, só não vale desistir do sonho.
O Brasil é um país com aproximadamente 212 milhões de habitantes, representamos 51% da população, ou seja, somos 100,5 milhões de mulheres e segundo o GEM Global Entrepreneurship Monitor, somos 30 milhões de empreendedoras.
Já ficou provado que as mulheres, ao receber seu dinheiro, investem prioritariamente em: alimentação, saúde e educação, no caso de serem mães, investem nos filhos, nas novas gerações, no futuro de nossa nação.
Gosto de reforçar alguns dados que refletem a força e o poder feminino na economia, respondemos por 66% do consumo no país, somos as responsáveis por 83% das decisões de compras nos lares brasileiros, comprovando que sim, somos capazes de movimentar os maiores setores da economia.
Costumo dizer que na OBME Organização Brasileira de Mulheres Empresárias, não temos seguidoras, somos formadas por mulheres líderes, aqui, uma mulher puxa a outra e nenhuma é deixada para trás.
Somos uma rede que incentiva as mulheres a adquirirem produtos e serviços de outras mulheres, apoiamos as micro e pequenas empresas, o comércio local, o artesanato e as jovens para que se tornem donas do próprio negócio. Entendemos que o protagonismo feminino só é possível através da liberdade financeira.
Unidas, vamos mostrar ao mundo um Brasil com mulheres inspiradoras, ousadas, competentes, mulheres capazes de girar a roda da economia, empreendedoras, artesãs, talentosas e visionárias.
Buscamos as mulheres destemidas, aquelas que tem histórias de superação e resiliência, as que movem o mundo, as que impactam vidas, as que vivem a sustentabilidade, a justiça, a ética, a inclusão e a diversidade.
Contamos com as mulheres que praticam a empatia, a fé, a compaixão e a esperança, as mulheres que não esmorecem, as que não desistem, as imparáveis.
Tenho certeza que muitas delas estão lendo este texto, prontas para alçar vôos e conquistar novos espaços, então faço um convite:
Juntem-se a nós!
Finalizo com o lema que se tornou uma verdade em nossas vidas:
“Sozinhas invisíveis, juntas invencíveis!”
**O conteúdo e informação publicado é responsabilidade exclusiva do colunista e não expressa necessariamente a opinião deste site.
Imagem: Canva