Quantas vezes você ouviu essa pergunta ao longo da vida? Você tinha a resposta na ponta da língua ou ficava pensando, será que prefiro ser uma astronauta ou desbravadora dos sete mares?
E agora, o lugar que você ocupa é aquele que você sonhou?
Não sei se você parou para pensar, mas como é que foi sua trajetória? Foi pensada passo a passo ou foram acontecendo por acaso?
Esta semana conheci uma empresa familiar e brasileira, líder no mercado há 55 anos, o fundador é um senhor simpático com uma vivência internacional admirável e uma brilhante carreira acadêmica que apesar da trajetória de sucesso manteve viva a curiosidade, a vontade de aprender coisas novas, a habilidade para reconhecer erros e corrigir rotas.
Ao ouvir sua história tive a certeza que acasos não existem, que a resiliência é fundamental para a concretização de projetos.
É, estamos cansadas de saber que a vida não é fácil, assim como sabemos que desistir não faz parte de nosso vocabulário.
Então, por força das circunstâncias ele precisou abrir uma empresa do dia para a noite, convidou um amigo para ser sócio e na hora de escolher o nome da empresa se inspiraram num livro em inglês que estava na prateleira.
Tudo numa corrida contra o tempo, sem tempo para grandes malabarismos mentais.
Uma semana depois o sócio pediu para se retirar da sociedade pois havia recebido uma proposta de trabalho irrecusável, a solução encontrada foi convidar a esposa para integrar a sociedade.
Foi a melhor escolha e o resultado pode ser constatado até hoje.
Refleti sobre as inúmeras histórias de empresárias que começaram do zero, a partir de um sonho maluco e conseguiram erguer um império, na maioria das vezes elas foram ridicularizadas e até motivo de chacota, aliás, quando a viam saíam correndo para evitar um pedido de empréstimo ou ajuda profissional.
Sou um exemplo de insanidade que deu certo, quando era pequena e me perguntavam se seria médica, respondia descrevendo o que faria quando me tornasse adulta, mas aquelas profissões não existiam… hoje faço exatamente o que sonhei, do jeito que imaginei e agradeço aos meus pais por terem me ensinado tanto!
Ao longo dos anos vi o surgimento de inúmeros cursos e profissões e atualmente acompanho a discussão sobre as mudanças, o futuro do trabalho, quais as carreiras que irão desaparecer e as que irão surgir.
O B2B Business to Business e o B2C Business to Consumer foram substituídos pelo H2H Human to Human, de humanos para humanos, aprendemos que negócios são feitos por pessoas e para pessoas e que mesmo as relações comerciais envolvem relações humanas.
O mundo mudou e atualmente o curso mais concorrido da Harvard versa sobre felicidade e diz que você não precisa ter sucesso para ser feliz, mas precisa ser feliz para ter sucesso.
Os padrões mudam, as pessoas vivem um propósito, perguntam “isso faz sentido para você? ”, buscam o autoconhecimento e o bem-estar.
Converso com meus filhos e com os jovens que invariavelmente me provocam, me fazem refletir e agir, mudar comportamentos arraigados e repensar.
Com tudo isso, se me perguntarem o que serei quando crescer, responderei que serei uma eterna aprendiz, uma curiosa por natureza, uma observadora nata e uma grande ouvinte, com grande capacidade de amar e viver o aqui e agora, com muita fé, humildade, coragem e esperança.
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