Vale a pena?

Os últimos tempos foram desafiadores, teve hora que pensei que não fosse dar conta, que seria melhor desistir… isso já aconteceu com você?

Às vezes parecemos malabaristas, agimos como se fossemos um polvo com seus inúmeros tentáculos, abraçamos causas, cuidamos da família, da casa, das plantas, dos pets, das empresas, das amigas e ainda teimamos em ser voluntárias para transformar o mundo num lugar melhor.

Às vezes bate um cansaço, perguntamos se vale a pena, se não é melhor abrir mão de algumas coisas, definir uma só atividade para focar, deixar o resto de lado para ter mais tempo para descansar, ir para a praia, ler um livro ou ficar quietinha em casa com a família.

Afinal, para que correr tanto? Acordar todos os dias às 5:00 hs da manhã?

Meu primeiro CNPJ foi em 1978 e desde então estou em contínuo movimento, cocriando realidades, me inventando e reinventando, uma eterna aprendiz, uma curiosa nata e uma inconformada com injustiças.

Tenho mania de me embrenhar no desconhecido, sair da zona de conforto para aceitar novos desafios, ter aquela sensação da primeira vez, de novidade de vida.

Afinal, após viver mais de 60 anos me dou o direito de experimentar novos ares, rir de mim mesma, dançar de um jeito esquisito, sem medo de parecer ridícula.

Cheguei naquela fase da vida em que não me importo com o que os outros acham, me preocupo mesmo em ser feliz do meu jeito, com meus valores e propósito, meus sonhos e esperanças.

Considero uma bobagem quando alguém perde tempo competindo, julgando ou culpando os outros.

Faça um favor a si mesma, assuma suas escolhas e as consequências, seja a única responsável pelas suas vitórias e derrotas, você vai ver como é libertador!

Com certeza você tem um lugar exclusivo no mundo, então não se compare com os outros, olhe para si mesma com afeto.

Independentemente da idade, sonhe e planeje, aceite desafios, recomece se necessário, e todos os dias ao acordar agradeça pela oportunidade de viver.

Nas redes sociais me deparei com duas senhoras idosas, com mais de 70 anos, uma tem cabelo azul e a outra tem a metade da cabeça raspada, elas não tem filtro, amam um boteco, viajam, falam bobagens e gargalham muito.

A alegria delas é contagiante e sua irreverência me faz imaginar que provavelmente elas foram hippies nos anos 60, ativistas nos anos 70 e rebeldes durante a vida toda.

Dia desses elas disseram que essa história de melhor idade é uma mentira, que o jeito é encarar as dores e os obstáculos com sabedoria e leveza.

Então, voltando ao início do texto… repensei e cheguei à conclusão que vale muito a pena continuar com a fábrica de sonhos que se tornou uma fábrica de fermento, vale a pena seguir em frente, colecionar nuvens e distribuir abraços de muriqui.

“Não existe limite para o que nós, como mulheres, podemos realizar.” Michelle Obama

**O conteúdo e informação publicado é responsabilidade exclusiva do colunista e não expressa necessariamente a opinião deste site.

Imagem: Canvas

4 respostas

  1. Lilian Schiavo uma craque!!! É isso, É só isso, É tudo isso!!! Sem tirar nem por!!!
    E vamos em frente porque 1/4 do dia já se foi!!! São 9h!!!

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