Fabiane Cruz: Emoções e dieta

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Quase todo mundo já passou pelo processo de tentar fazer uma dieta e não conseguir chegar ao fim nem da primeira semana. E como remédio, conselho ou relacionamento: o que serve para um pode não servir para o outro. Cada ser humano é único e movido por alguma coisa. Para uma dieta funcionar bem para determinada pessoa é preciso que haja uma combinação de fatores que vão desde paladar, objetivo de perda de peso, tempo que tem para dispensar na compra e preparo dos alimentos, se terá auxílio de profissionais como médicos e nutricionistas, envolvimento com práticas esportivas, estado emocional e outros fatores que variam de pessoa para pessoa.

Todos esses aspectos são importantes para o sucesso ou não da empreitada: perda e manutenção do peso. Porém o aspecto emocional é determinante e costuma ser o primeiro sabotador de todo aquele entusiasmo que pairava no início do processo.

Estados emocionais negativos estão diretamente associados ao ganho de peso: estresse, depressão e ansiedade contribuem significativamente no aumento da ingestão de alimentos, pior, os mais calóricos e ruins possíveis do ponto de vista nutricional, foi o que se descobriu em pesquisas recentes.

Se você tem uma rotina frenética e o estresse já faz parte do seu dia a dia, problemas nos relacionamentos (familiares, amorosos, sociais), oscilações diárias de humor ou outras questões que estão provocando um desequilíbrio nos seus estados emocionais e bem provável que tenha ganho peso nos últimos tempos.

A fome real pode ser saciada. Se você está sentindo fome e se dá conta que já está há mais de 4 ou 5 horas sem comer, seu corpo pode realmente estar precisando do “combustível” comida para mantém-se em bom funcionamento. Assim ao alimentar-se você sentirá a sensação de saciedade real que o manterá longe dos pensamentos em comida e focado no seu trabalho ou outra coisa que precise fazer.

Ja á a emocional não pode ser saciada. Estados emocionais negativos te fazem buscar prazer compensatório. E um dos elementos que podem funcionar bem nessa fuga/recompensa é a comida.

Ao mesmo tempo que funciona como um “prêmio” pelo sofrimento emocional persistente acaba sendo também um sabotador de superação e mantenedor dos desconfortos.  O problema é que, como já mencionei, a fome emocional não pode ser saciada com comida, assim, como comprar compulsivamente, pouco tempo após comer aquele chocolate, você vai querer mais. Vira um ciclo compulsivo que se retroalimenta pelo impulso de comer algo gostoso (geralmente doces) verso o prazer imediato que se obtém com isso.

Portanto da próxima vez que pensar em fazer dieta e perceber que a mudança de hábitos não está funcionando, que você rapidamente se vê se sabotando, pare e pense sobre quais emoções tem sido mais frequentes na sua vida. Se constatar  que suas emoções estão interferindo no sucesso de seus objetivos tente lidar com elas de modo diferente ou procure um profissional.

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