Numa reunião para empresários o anfitrião descreveu quem somos da seguinte forma: não temos salários, férias, décimos terceiros, auxílios, trabalhamos em média 15 a 17 horas por dia, 7 dias da semana e mesmo assim, somos persistentes e resilientes.
Se você pensa que ser dona do próprio negócio é fácil, que agora você vai só vai trabalhar do seu jeito, no horário que quiser, sem ninguém para te dizer o que fazer e imaginar que vai chover dinheiro na sua cabeça, lamento dizer que não é bem assim.
Empreender é duro, você vai precisar de muita coragem, paciência para vencer os trâmites burocráticos, criatividade para transpor os imprevistos que necessariamente vão acontecer e uma dose extra de energia para sorrir cada vez que ouvir um sonoro não e um conselho para desistir, pois sua ideia não vai dar certo.
A torcida contra é enorme e de repente você vai se sentir sozinha no meio do campo de futebol sem o time para jogar junto, onde foram todos? Estão sentados na arquibancada esperando para ver o resultado.
Não fique triste, é que existem caminhos que você precisa trilhar para aprender, existem dias maus que te fazem desesperar e querer desistir, mas então lembre do sacrifício que fez para chegar até aqui e siga em frente mesmo com dor e incertezas.
Existe um preço que pagamos para ser quem somos, por isso, ao encontrar uma empresária bem sucedida, ao invés de ficar com inveja, reflita sobre o quanto ela lutou para chegar lá. Do céu, normalmente só cai chuva e se ela conseguiu ter sucesso, foi com muito trabalho e dedicação.
Sou otimista por natureza e tenho uma tendência a acreditar que tudo vai dar certo, sou movida a física quântica com fé em Deus e essa mistura é determinante para facilitar minha vida.
Você já percebeu como as pessoas que andam com nuvens pretas sobre a cabeça acabam atraindo desgraças? Parece aquele desenho animado que dizia ó dia, ó azar… era um personagem azarado dos ano 60, uma hiena triste e conformada.
Observo as vencedoras e percebo nelas uma postura altiva, não é de orgulho, é de dignidade, da certeza de ter feito o seu melhor. Quando você estiver com a energia baixando experimente respirar fundo e se ouvir em silêncio.
Ao contrário, agora curve seus ombros, olhe para baixo e comece a caminhar se arrastando… qual o resultado? Como você se sentiu? A questão não é de auto ajuda, é como você se posiciona para vencer.
Empresárias são protagonistas, são as que seguram as rédeas da própria vida, as que escolhem como andar mesmo quando o céu parece desabar sobre você. Nesta reunião conheci empresários dos mais variados segmentos, mas com uma coisa em comum: o sucesso.
Um deles atualmente é dono de um banco digital e contou sua trajetória de vida, foi um jovem prodígio que começou a trabalhar cedo e teve ganhos financeiros importantes, subiu de forma meteórica e caiu da mesma forma, teve que sair de sua casa de 2000 metros para um apartamento de 37 metros. O resumo da história é que ele é um empreendedor nato e independente do que aconteça seu cérebro continuou criando, inovando, buscando desafios. Óbvio que ele deu a volta por cima e hoje está novamente com uma condição sócio-econômica privilegiada.
Você quer ser uma empresária? Prepare-se para entrar numa roda gigante ou montanha russa, com grandes emoções!
Procure uma atividade que faça seu coração bater mais forte, algo que faça seu sacrifício valer a pena, você vai abdicar de horas com a família, vai trabalhar quando todos estarão passeando, vai se preocupar em conseguir dinheiro para pagar os funcionários, os tributos e os custos fixos e variáveis. Quando dezembro chegar, ao invés de pensar nos presentes que vai comprar vai se preocupar com a folha de pagamento dobrada. Vai se sentir realizada quando um funcionário disser que tudo o que construiu durante a vida foi fruto da remuneração que recebeu trabalhando na sua empresa.
Vale a pena? Para mim vale muito, mas aconselho a se examinar e escolher qual desafio você quer enfrentar. Pode ser que você prefira se destacar numa empresa gigantesca com o cargo de CEO ou Presidente e receber propostas salariais milionárias, também pode escolher ser uma ativista engajada num projeto do terceiro setor e capaz de gerar ações de impacto sócio ambiental, pode ser uma educadora e uma agente multiplicadora de saberes, pode ser uma profissional liberal que desbrava novas oportunidades… pode ser tanta coisa!
Tenho uma irmã que se formou em Medicina na USP e quando engravidou da primeira filha escolheu abandonar a profissão e ser mãe, já imagino a sua expressão de horror e incredulidade, mas preciso contar que acima de tudo ela teve a ousadia de ser feliz com simplicidade, fazendo o que ela acredita ser a mais importante missão da vida dela.
A conclusão é que não existe receita de bolo nem respostas prontas, somos diferentes, com anseios e sonhos individuais, por isso não fique triste nem se ache incompreendida quando tiver que trilhar o seu caminho sozinha, lá na frente eles irão entender e se juntar a você, com respeito e admiração.
E quando no final, tudo der certo e você estiver no topo eles vão te dizer: Sempre acreditei que você conseguiria! Estava escrito!