Na mitologia romana “Jano ou Junus” é o deus que tem duas faces, uma olha para frente que seria o futuro, e a outra para trás que seria o passado, uma divindade bifronte e também mediadora das preces humanas com os outros deuses.
Ele é visto como o deus das mudanças, dos inícios e das passagens, assim como a chegada do ano novo. O primeiro mês do ano foi em devoção a ele, chamado pelos romanos de mês de “Jano”.
“Jano” ainda inspirou construções a terem na entrada principal uma porta que poderia abrir para os dois lados, porta esta que foi chamada de “janua”. Por ela adentrava apenas luz e ar, duas forças essenciais da natureza.
Neste mês de “Jano” é tempo de olhar para o passado e para o futuro.
Do passado devemos trazer conosco as lições nutritivas que nos criaram de alguma forma consciência elevada, abandonando as mágoas que são um veneno que faz efeito apenas em quem lhes dá origem.
Em relação ao futuro, ele não é mais passível de previsão, depende do processo aplicado em sua construção, vamos precisar construí-lo de forma evolutiva, e sem os erros que nos condenaram a algum tipo de arrependimento, sofrimento ou derrota.
“Jano” nos ensinou estes dois olhares e temos que aperfeiçoar entre eles nossos conceitos, escolhas e decisões.
Em Janeiro é tempo de avaliação, pois quem não mensura não consegue melhorar.
Faça seu balanço com a equação de “Jano”, tenha coragem para reconhecer onde falhou e força para seguir avante com suas conquistas e ampliá-las na medida de seu coração e de seu espírito. Janeiro foi concebido para equilibrar entre a vida que tivemos e a que iremos ter.
Janeiro é o mês em que as forças essenciais da natureza entram pela nossa porta e depende de nós torná-las permanentes em nossa vida.
Cesar Romão
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