César Romão: O mundo muda e as pessoas também!

Hoje, o aumento de pessoas com as características do carvão está em uma expansão desenfreada, pois o carvão apagado te suja e aceso te queima.

Um percentual elevado de Grupos de WhatsApp mais parece uma caixa de fios desencapados de tanta discórdia, ofensas e assuntos sem relevância alguma.

Ostentar para existir até parece a nova ordem da vida em sociedade. Porém, o tamanho da ostentação determina a dimensão do vazio dentro da pessoa em questão.

O que as pessoas querem talvez não seja aquilo que elas precisam. Pessoas são a alma de qualquer processo. Você nasce, vive e morre com pessoas em seu entorno, por isso aprenda a conviver com elas, as boas, as mais ou menos e as ruins.

No Livro dos Mortos Egípcio, pode-se notar o desenho de um braço suspenso num eixo central com dois pratos nas suas extremidades pendurados por uma corda. Pela crença egípcia, o espírito de qualquer pessoa que viesse a morrer iria para a Sala das Duas Verdades, o que seria na época a versão do “julgamento final”. Nessa sala, Anúbis, o deus egípcio dos mortos, colocava o coração do morto numa balança usando como contrapeso a pluma da Deusa Maat, representando a justiça. Depois de Anúbis ajustar a balança, avaliava qual dos dois pesava mais, o coração ou a pluma. Dependendo do resultado da pesagem, então o espírito do morto seguiria para o paraíso ou para o inferno.

Se hoje pesássemos o coração das pessoas, o que será que aconteceria?

Talvez encontrássemos corações de pedra, corações repleto de ódio, amargura, maldade e com ausência de religiosidade, corações endurecidos pelo mal que causaram com ou sem consciência, mas não importa, estariam endurecidos e muito mais pesados que a “Pluma da Deusa Maat”.

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Esta pesagem precisaria ser feita por nós mesmos todos os dias, para avaliarmos se estamos endurecendo nossa alma e a tornando um fardo a ser direcionado para a escuridão sem chance de buscar a luz.

Quem está no caminho do céu não dorme no inferno, mas parece que o caminho do céu anda meio sem peregrinos.

O mundo gera mudanças para que as pessoas possam evoluir em direção nutritiva e não destrutiva. Não se deve retornar aos acontecimentos do passado que envergonharam a raça humana, como as guerras e escravidão, além de outras atrocidades que ainda habitam nossa sociedade há séculos.

Cegueira pelo sucesso nos afasta dele e de sua definição real. Sucesso é o equilíbrio de nossas forças existenciais: “Família, Saúde, Crença, Trabalho e Amizades”. Quando faltar uma destas forças existenciais, as outras entram em risco de colapso, há até quem se acostume com este colapso, mas ficam muito longe da felicidade.

O mundo e as pessoas mudam, mas devem procurar ser melhores hoje do que ontem, somos peça de uma extravagância do universo e não podemos nos dar ao luxo de fracassarmos como seres humanos evoluídos.

 

 

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Imagem: Arquitetando estilos

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