Olá, pessoal. Hoje eu gostaria de convocar os nossos leitores à uma reflexão.
Muitos já devem ter percebido que, nas últimas décadas, alguns materiais de construção e acabamento tem se tornado tão nobres, que seu uso ou, mais especificamente, sua participação no projeto, adquire, por vezes, custos tão elevados, que nos obrigam a estudar alternativas mais elaboradas.
Estou falando de materiais naturais, tais como a madeira nobre e as pedras naturais, ambas de grande uso no universo da decoração, e que tem preocupado cada vez mais sob o aspecto sustentabilidade e meio ambiente.
Bem, para propor alternativas ao uso da madeira natural, surgiram opções como o revestimento de laminado melamínico (fórmica), de diversos fabricantes, em que se encontram muitas texturas que imitam a madeira natural
com perfeição. Outra alternativa é a própria lâmina de madeira, que visa aproveitar ao máximo o recurso disponível, aplicando-se somente uma fina folha da madeira, na fase final de acabamento. Aliás, a maioria dos mobiliários atuais são um misto de MDF (madeira densa pré-formada industrializada) com revestimentos de laminado melamínico ou folhados de madeira. Fato que, por si só, já demonstra como o mercado vem se preocupando com o aspecto ambiental e da sustentabilidade.
Para alternativas ao uso de pedras naturais, a indústria tem fornecido materiais de piso com alta qualidade, como os porcelanatos, e também na substituição de tampos de granito ou mármore, pelos tampos de quartzo que se fabrica
artificialmente a partir da sílica, material praticamente inesgotável na natureza,e que disponibiliza uma infinidade de texturas e matizes.
Porém, uma solução de utilização de um recurso tão importante como a madeira, foi o que me chamou a atenção,
não somente pela criatividade necessária, como também pelo resultado sofisticado em função de um
reaproveitamento de um descarte que não teria qualquer utilidade. Estou falando das peças de mobiliário provenientes da destoca de árvores abatidas ou mesmo de áreas de queimadas.
O que de fato acontece mais rotineiramente é que , ao ser abatida, a parte nobre do tronco é separada cuidadosamente, pois este é foco da produção, enquanto que o pé da árvore e as raízes são praticamente um estorvo, pois até recentemente não tinham qualquer utilização.
Agora, vejam as peças maravilhosas que se produzem com este descarte. São ou não são um verdadeiro show.
Portanto, entendemos quando designers e decoradores contemporâneos incluem estas peças nos seus projetos.
O mérito é todo da natureza, que nunca repete a mesma conformação, instigando a criatividade dos artistas e da marcenaria artística, para viabilizar com sucesso, a sua aplicação.
O resultado, além de magnífico, é um sinal de reverência à mãe natureza, reconhecendo a grandeza divina na criação de todas as criaturas.
Até a semana que vem, e qualquer dúvida é só me contatar no email: rogerio.romanek@gmail.com.
