Hoje vou falar um pouquinho sobre uma arte que aprecio muito! A arte de preparar um bom café!
Sendo assim, nada mais justo que prestar uma homenagem à famosa cafeteira italiana Moka.
De manhã ao acordar, ou após o almoço, a máquina já está pronta e após alguns minutos, sente-se o perfume por toda a casa.
Em 2014 a cafeteira italiana completou 80 anos. Foi criada pelo empresário Alfonso Bialetti nos anos 20. Ao observar algumas mulheres que usavam uma caldeira para escaldar e higienizar roupas, achou muito interessante o processo. Nascia assim a Moka.
A cafeteira, como muitos sabem, possui um design octogonal. É dividida em duas partes: água no fundo, um funil com o pó de café na parte inferior e um pequeno filtro com uma válvula de borracha e parte superior onde se armazena o café coado. O café é literalmente fervido na pressão.
O produto virou um verdadeiro ícone do design italiano e um patrimônio nacional para Itália como o Coliseu Romano e a Torre de Pisa, pois afinal 90% das residências possuem uma.
A produção da Moka Express, teve um grande salto após a II Guerra Mundial, com campanha de propagandas através de cartazes, jornais, revistas e rádio, o slogan era “Em casa, um expresso como na cafeteria” e também anunciavam que “Até um homem pode fazer o seu próprio expresso”. De 10 mil unidades vendidas anualmente, a produção passou a ser de mil cafeteiras por dia.
O mascote da empresa, o homenzinho de bigode que estampa o corpo da cafeteira, é uma caricatura de Alfonso desenhada pelo seu filho em 1953.
A legítima Moka Express é feita de alumínio mesmo, pois o regime fascista fez com que a Itália sofresse embargos econômicos e impediu a importação de aço, a solução foi explorar as jazidas de alumínio do próprio país.
Com o passar dos anos, a cafeteira ganhou novos modelos e versões: coloridas, com design inovador, elétrica, em cápsulas e estilizadas. Uma das Mokas de grande sucesso foi o modelo em homenagem à “azurra” ou seleção italiana, lançado em 2014. Quando o café está pronto se ouve o hino de Mameli.
Renato Bialetti, filho e herdeiro de Alfonso, responsável por transformar a máquina em um clássico mundial do design, morreu ano passado, com 93 anos de idade. Suas cinzas foram depositadas em uma cafeteira, a pedido da família. Homenagem à altura de sua criação.
Para quem nunca viu como se prepara um café na Moka, basta dar uma olhadinha:
Uma resposta
Bom, sou suspeito para comentar algo sobre café, afinal, minha dose diária de água vem do café. A cafeteira italiana é prática e o café fica muito bom. A minha é de aço inoxidável, mas a de alumínio é muito boa também Ótima e saborosa reportagem! Bom café a todos!