Roberta de Moraes: Alma Lavada

E se a chuva em teu corpo caísse e a alma lavasse?

E na fresta do tempo que te consome em cabelos brancos, tu te lembrasse… Teus pelos, veias que te pulsam nas mãos firmes, tantas teias que tecemos.

Tua boca a espera da minha… Tua rainha!

Eu habito em teus poros. Tu, caminhas pelas minhas trilhas desde outros ontens.

Olhos pretos, barbas por fazer, histórias para compor.

Tantos apelos, alegrias que guardamos em cofres.

A sanha, as manhas, as senhas.

Códigos impressos em almas imortais.

Esperanças que vibram com o vento, intocadas, plurais, genuínas.

Dois pulsares entrelaçados, quais girassóis, buscando a mesma intenção.

Sobrevivamos!

Abaixo do sol, e do mesmo céu que fotografastes, somos um.

Cada qual em sua perfeição e desajustes. Há tantas coisas para viver e celebrar posto que somos chama… E a pressa da finitude a nos por em movimento gritando Vida.

Roberta de Moraes

**O conteúdo e informação publicado é responsabilidade exclusiva do colunista e não expressa necessariamente a opinião deste site.

Imagem: Tumblr

Uma resposta

  1. Pulsando Frestas e pulsares na oportunidade desta leitura … Entre fotos e linhas vistas e lidas, banho da alma … Parabéns pelos textos e trabalho, Roberta … Extensivo a Equipe de produção do portal 🙏

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