Ana Karin estreia coluna Elas.com falando sobre sororidade

Olá minha amiga, meu amigo. Muito prazer, eu sou Ana Karin, e a convite do Luiz Andreoli estarei com vocês aqui para falar sobre empoderamento feminino, o papel da mulher na sociedade e outros tantos outros temas importantes na atualidade.

Antes de mais nada, eu gostaria de agradecer imensamente ao Luiz Andreoli pelo convite e pelo espaço para escrever sobre um assunto tão importante para mim.

Como primeiro tema desse nosso encontro semanal, eu quero falar sobre algo muito importante e pouco conhecido: a sororidade!

Sim, sororidade. Você leu corretamente. Um termo que pode parecer estranho, mas que traz um significado maravilhoso: uma relação de irmandade, de aliança, de amizade entre mulheres que compartilham os mesmos ideais, o mesmo olhar que enxerga a importância da luta pelos direitos e pelo reconhecimento do valor da mulher na sociedade.

Nós mulheres, unidas, já conquistamos muitos avanços em nossa participação na sociedade. Mas a luta não foi fácil. Apenas para destacar algumas dessas muitas e importantes conquistas, cito: a luta pelo direito ao voto feminino na década de 1930, sendo que somente em 1979 uma mulher assumiu o cargo de Senadora (Suplente). Em 1985, é implementada a primeira Delegacia de Atendimento Especializado à Mulher em São Paulo. Em 1996, o Congresso Nacional incluiu o sistema de cotas na Legislação Eleitoral, obrigando os partidos a inscreverem, no mínimo, 20% de mulheres nas chapas proporcionais. A Lei 11.340, intitulada “Lei Maria da Penha”, foi sancionada em 7 de agosto de 2006, um verdadeiro marco na defesa da mulher brasileira. Em 2010, tivemos a primeira mulher eleita Presidente do Brasil. Muitas mulheres estão hoje em cargos de liderança, tanto no setor privado quanto no setor público.

Mesmo com todo esse avanço, infelizmente ainda há muito por ser feito. Basta olhar para alguns dos resultados apontados pela pesquisa divulgada pelo IBGE no começo deste ano: apesar de representarem hoje a maioria com ensino superior no mercado de trabalho, as mulheres continuam ganhando cerca de 24% menos que os homens nas mesmas funções. E daquelas guerreiras que trabalham como empregadas domésticas, mais de 70% ainda continuam sem registro em carteira. Na representatividade política, as mulheres ainda são a minoria nos cargos em todas as esferas. Sim, há muito ainda para ser feito, minha amiga.

Por isso que a sororidade é tão importante! É preciso a união de mulheres de bem para exigir mudanças, exigir direitos e oportunidades iguais e, através do olhar feminino, nortear novos caminhos para o desenvolvimento de uma sociedade mais justa no Brasil.

Como coordenadora do PRB Mulher São Paulo, eu acompanho muitas iniciativas capitaneadas por mulheres visando a inserção e a valorização da mulher na política. Percorrendo todo o estado de São Paulo, posso comprovar todo o potencial latente de mulheres que apenas precisam de um pequeno incentivo para que façam a diferença em sua comunidade, em nosso estado, em nosso país.

Pense nisso, minha amiga.

Não deixe de demonstrar seu interesse nos comentários abaixo. Muito obrigada e até a próxima.