Ana Karin – Heroínas: nossas inspiradoras

Olá, minha amiga, meu amigo. Como estão? Hoje vamos falar sobre um tema muito inspirador: as heroínas. Mulheres especiais que se destacam e nos presenteiam com verdadeiras lições de vida, enchendo nossos corações de orgulho e de inspiração para que também façamos o bem.

Normalmente, nós utilizamos o termo herói ou heroína para identificar alguém que, com muita bravura, coragem e determinação, foi responsável por atos e ações excepcionais, fora do comum. Outra característica do herói ou da heroína é seu caráter generoso, humanitário, sem motivos egoístas ou para seu benefício próprio, enfatizando os princípios da ética e da moral na busca do bem-estar do próximo.

Há mais de 2 mil anos, o teatro clássico grego já apresentava o personagem do herói como alguém, muitas vezes de origem comum, que tinha que enfrentar diversos desafios, muitos considerados sobrenaturais, colocando sua vida em risco na luta para conquistar benefícios da maioria dos seus semelhantes.

Os heróis e as heroínas seriam, assim, modelos de comportamento e referências de boa conduta para aquela sociedade.

Hoje, muitos personagens criados com base nessas categorias e transformados em produtos da bilionária indústria do entretenimento fazem sucesso por todo o mundo dos super-heróis, como a Mulher Maravilha, por exemplo.

Mas hoje quero pontuar e destacar outras heroínas. As heroínas da vida real. Mulheres de carne e osso e com muita coragem nas veias que lutam, ou lutaram, por uma sociedade mais justa para todos. Mulheres que enobrecem o poder feminino na busca constante por uma sociedade mais justa, paritária nas oportunidades, buscando criar uma atmosfera de igualdade entre homens e mulheres.

Está no sangue da brasileira ser guerreira, de bater no peito e assumir a responsabilidade para cuidar da família e trabalhar. No Brasil, o número de famílias chefiadas por mulheres mais que dobrou na última década, segundo o IBGE, chegando a 40% dos lares. São heroínas que batalham no dia a dia para sustentar e dar uma vida mais digna para seus familiares.

A mulher brasileira sempre teve um perfil desafiador, determinada ao não conformismo, a lutar pelos seus ideais de justiça, protagonizando momentos marcantes de mudança em nossa sociedade. Como não falar da Princesa Isabel que, em 13 de maio de 1888, ao assinar a Lei Áurea, acabou um dos capítulos mais sombrios da nossa história: a escravidão?

E como não lembrar e enaltecer outra heroína, mulher guerreira, cuja coragem ajudou a criar uma das mais importantes leis recentes de amparo e proteção à mulher, a farmacêutica cearense Maria da Penha? Foi por sua força e coragem em expor seu drama pessoal, que hoje podemos contar com a Lei Maria da Penha, sancionada em 7 de agosto de 2006, como Lei n.º 11.340, que visa proteger a mulher da violência doméstica e familiar.

Eu poderia continuar e listar dezenas, centenas, milhares de exemplos da força e da garra da mulher brasileira. O que, infelizmente, não é possível nesta coluna.

Mas nesse clima de Copa do Mundo, quero terminar parabenizando, mais uma vez, um time inteiro de heroínas, as guerreiras da seleção feminina de futebol, heptacampeã da Copa América em abril desse ano. O time de Marta, eleita cinco vezes a melhor jogadora de futebol do mundo, mostrou que já quebramos também o estereótipo de que futebol é coisa de homem.

Esses poucos exemplos de mulheres de destaque que eu citei hoje, minha amiga, é para reforçar para você que nós podemos fazer a diferença! Juntas, nós mulheres podemos lutar e, sim, transformar nosso país. E é isso que nós temos que ter como ideal!

Quem faz a nossa história somos nós mesmas. Por isso, faça com que suas atitudes sejam lembradas como as de uma heroína.

Obrigada e até a próxima semana.