Lordello: Segurança em condomínios em caso de emergência

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Os condomínios que possuem leitores biométricos para liberar a entrada e saída de moradores através da digital, costumam implementar também o chamado “dedo do pânico”, ou seja, se a pessoa estiver rendida por marginal poderá avisar, silenciosamente, o porteiro, bastando inserir dedo específico no aparelho, que automaticamente sinalizará o perigo.

 

Por outro lado, entendo que deve ainda a administração implementar “senha de perigo”, que será de grande valia quando o morador estiver longe da portaria do prédio.

 

Senão vejamos:

 

Fiquei sabendo de diversos assaltos a edifícios residenciais que começaram com telefonema à portaria. Criminosos conseguem o fone fixo de guaritas e fazem ligação, se passando por morador, para o porteiro. É claro que de alguma maneira o bandido obteve alguns dados da família, e com isso, gera credibilidade na conversa. A ideia é convencer o funcionário a liberar a entrada de suposto parente que está para chegar, mesmo o morador estando ausente do edifício. As quadrilhas especializadas monitoram a vítima até ter certeza que ninguém está no apartamento na hora do golpe. É nesse momento que a ligação é feita, o que induz o porteiro a erro.

 

É bastante comum no cotidiano de condomínios residenciais, moradores ligarem para a portaria pedindo algum favor. O problema é que não há nenhuma conferência desse telefonema, ou seja, como o porteiro pode ter certeza que é mesmo um morador que está do outro lado da linha?

 

Impossível ter absoluta certeza!

 

Para minimizar risco de assalto, recomendo que síndicos implementem estratégia de segurança importante, através do cadastramento de senha a ser criada pelo morador. Poderá ser uma palavra ou sequência de números. Toda vez que morador ligar para a guarita, o porteiro fará duas indagações:

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-Qual seu nome completo?

-Qual número do seu apartamento?  

 

A partir desses dados, deverá entrar no cadastro de moradores e ter acesso à senha particular do solicitante ao telefone.

 

A próxima pergunta é simples:

-Qual sua senha particular?

 

Havendo resposta certa, o porteiro passaria a ter mais confiança na ligação.

 

Outra estratégia interessante, que alguns síndicos estão implementando, é que cada morador deverá cadastrar na administração o número do telefone celular e deverá usar esse número para fazer ligação para a portaria ou zeladoria. Através do identificador de chamadas, será possível ao funcionário analisar tratar-se ou não do número cadastrado. Sendo número diverso,  funcionário não atenderá qualquer pedido do solicitante. Na mesma linha de raciocínio e procurando sempre aumentar nível de segurança, o funcionário do prédio solicitará a senha pessoal.

 

Se o morador informar senha diversa da cadastrada, será acionado “sinal de pânico”, ou seja, algum risco o condômino está correndo.

 

Se após todas essas checagens, o funcionário da guarita ainda tiver alguma dúvida ou suspeita da ligação telefônica, poderá solicitar ainda dados específicos do cadastro do morador, tais como:

  • Data de nascimento ou número da Cédula de Identidade
  • Quantas pessoas moram na unidade? Qual nome completo delas?
  • Qual nome do funcionário doméstico?
  • Qual a placa do veículo?

 

Portanto, fica aqui o alerta para síndicos e administradoras de condomínios sobre a necessidade de se implementar senhas de segurança para ligações telefônicas, isso com o intuito de evitar invasão criminosa.

         

Outrossim, de nada adiantará todo o esforço para se implementar esse tipo de estratégia, se seus colaboradores da área de segurança não passarem por treinamento e capacitação nesse sentido.

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