Crítica: The Final Wish (2018)

The Final Wish

Aaron Hammond (Michael Welch, da série Z Nation), é um advogado recém formado que após finalmente passar no exame da ordem, está tentando construir uma carreira em Chicago. Após um dia difícil, onde diversas portas foram fechadas na sua cara, Aaron recebe um telefonema com uma notícia ainda pior: Seu pai faleceu e ele deve retornar para a casa de sua família em uma pequena cidade no estado de Ohio, de onde ele saiu há vários anos. Em seu retorno, Aaron terá de encarar sua mãe, Kate (a veterana Lin Shaye, da franquia Sobrenatural), seus amigos Jeremy e Tyrone (Jonathan Daniel Brown e Jean Elie), e sua antiga paixão, Lisa (Melissa Bolona), que se sentem abandonados por Aaron quando este partiu para Chicago. E ainda que Aaron tenha de encarar aspectos de seu passado que ficaram em aberto, sua sorte começa a mudar quando ele encontra uma misteriosa urna que faz com que as coisas que ele deseja comecem a acontecer. No entanto, tais realizações cobram um alto preço, que Aaron definitivamente terá de pagar.

Escrito por Jeffrey Reddick, idealizador da franquia de enorme sucesso, Premonição (Final Destination), The Final Wish (EUA, 2018), canaliza alguns aspectos da vida do próprio roteirista, que em entrevista declarou que o filme reflete seu próprio sentimento de culpa após deixar sua mãe e irmã em Kentucky, quando, assim como o Aaron do filme, saiu de casa com o objetivo de conquistar o mundo. Reddick também mencionou que o protagonista recebeu o nome Aaron por este ser o seu nome do meio. O roteirista também declarou que ao lado de seus co-roteiristas, Jonathan Doyle e William Halfon, seu objetivo em The Final Wish era criar um conto de fadas psicológico.

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Dirigido por Timothy Woodward Jr. (do irregular western Traded, 2016), o filme se valoriza, dentre outras coisas, da presença de duas figurinhas mais do que carimbadas do gênero; a sempre competente e carismática Lin Shaye, e o eterno “Candyman” Tony Todd, que fazem um bom contraponto com as caras mais novas e desconhecidas do elenco. Enquanto que The Final Wish tenha ecos de histórias como a universalmente conhecida A Pata do Macaco (The Monkey’s Paw), o filme deixa um pouco a desejar no que diz respeito a assustar o público. Os personagens em si também não ajudam, já que todos não fazem muito esforço para ganhar a empatia do espectador. Ainda que eu compreenda o que Reddick e Woodward pretendiam com relação aos seus personagens, faltou um aprofundamento que justificasse suas transformações ao longo do filme.

A trama também complica-se demais e de maneira desnecessária em seu ato final, quando Aaron finalmente compreende o peso de suas ações anteriores, e quando constata que ele precisa encontrar uma maneira de acertar as coisas antes que seja tarde demais para todos os envolvidos. O roteiro parece saltar demais de um personagem para outro, e fica a impressão de que a ideia central seria melhor explorada se a mesma narrativa fosse mais direta nos 20 minutos finais da produção. Numa consideração final, ainda que eu adore um bom filme de monstro como qualquer fã de horror que se preze, teria sido melhor se a entidade maligna por trás de todas as más ações em The Final Wish não desse as caras na produção. O fato de ver a criatura em si diminui bastante o impacto da mensagem do filme, e o monstro parece um tanto fora de lugar dentro de um filme que no geral, é bastante realista em suas intenções.

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No final das contas, The Final Wish mais parece um remake menos ingênuo de O Mestre dos Desejos (Wishmaster), filme bastante divertido dirigido por Robert Kurtzman em 1997. Aliás, eu até fiquei um tanto desapontado pelo fato de The Final Wish não ser de fato um remake (ou reboot) do citado Mestre dos Desejos. Se o demônio tivesse assumido de surpresa a forma do ator Andrew Divoff (protagonista do filme de 97), nos minutos finais, teria sido muito mais interessante. Entretanto, The Final Wish funciona por si só. Está longe de ser algo fora do comum, mas carrega a premissa de maneira bem mais eficiente do que outros exemplares do gênero. Ah, e ter a veterana Lin Shaye no elenco é um tremendo de um bônus.

The Final Wish não tem previsão de estreia nos cinemas brasileiros, e deve chegar ao país diretamente através de sistemas de streaming e VOD.

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Uma resposta

  1. Desastroso em todos os aspectos,atuações medíocres, roteiro vergonhoso, efeitos especiais risíveis e ritmo monótono. Ter Lin Shaye no elenco não é sinônimo de bom entretenimento,haja visto tds os filmes que participou antes,durante e após Sobrenatural 1 e 2. Tony Todd sempre será Tony Todd: canastrão nível hardcore. Um filme desprezível.

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