Andrea Ignatti: Libertadores, meu amor

Libertadores

Quem entende do sistema binário pode traduzir os resultados dos clubes brasileiros na Taça Libertadores?

Eu ajudo, apresentando-lhes os números.

0 x 1. 1 x 0. 0 x 1. 0 x 1. 1 x 1. 1 x 1. 0 x 2. Ops! Este último desconfigura o sistema… Será um sinal?

O que a gente sabe mesmo sobre a Libertadores é que todo mundo quer ganhar. Até a classificação no Brasileiro tem um olho (e um pé) nela.

O torcedor se reserva à maior paixão desse campeonato do que, muitas vezes, ao seu campeonato estadual. “Futebol se joga na alma”, disse Carlos Drummond de Andrade. Jogar, assistir, torcer, esperar, quando ganha, quando perde, o grito de gol, o choro da desclassificação… tá tudo na alma, vem tudo daí. Libertadores é realmente poesia. Libertadores expressa isso de ponta a ponta na interplanetária América do Sul — que mundo único é esse!

O “Sonho Libertador” tira o sono, feito paixão mesmo; instiga coragem de herói a salvar a amada de perigo; faz o sangue correr igual trem-bala além de treino, bem antes do hino, já esperando o jogo da volta; coração só pulsa em disparada.

Entra ano, passa ano, esse amor não passa. Nunca vou desistir de você! Libertadores, meu amor!

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