O escritor norte-americano Richard Bach nos fez atentar, certa vez, para uma situação bem real: “O que a lagarta chama de fim do mundo o homem chama de borboleta”. Finais versus começos.
Depende de como enxergamos: o final como final, pontualmente falando, ou o final como um recomeço, com o olhar ao futuro.
O goleiro da seleção peruana Pedro David Gallese Quiroz ― simplesmente Pedro Gallese ― deu uma declaração logo após a derrota que ele e seus companheiros sofreram na grande final da Copa América, contra o Brasil, no último final de semana.
A despeito de todas as histórias que falam sobre a medalha de prata ― sobre a segunda colocação, sobre vitórias e derrotas e o que ambas significam para os próprios atletas, para portfólio, para o que se vai registrar na História, no histórico ―, Gallese ratificou a mensagem que um texto meu, anteriormente publicado aqui no Portal do Andreoli (“Final Infeliz”, de 3 de julho) pretendeu se fazer refletir.
Gallese declarou que ele e sua seleção estavam tristes pelo fato de terminarem o campeonato no Brasil com a derrota. Mas considera esse momento “um começo, não um final”. Certamente, pela campanha que o Peru vem fazendo já desde a classificação que obteve para a Copa do Mundo na Rússia, ano passado. E ainda havia sido goleado por 5 a 0 pela mesma seleção brasileira na fase de grupos da Copa América!
Um fim que não é um fim, que não é, ao menos, visto como tal, mas como uma possibilidade de começo, de começar de novo, de trabalhar, a partir daí, para se aprimorar, dadas as transformações e lições que aconteceram.
Não foi realmente uma final infeliz, nem mesmo um final infeliz.
Ivan Lins, compositor e cantor brasileiro, também faz lembrar: “Começar de novo e contar comigo: vai valer a pena ter amanhecido, ter me rebelado, ter me debatido, ter me machucado, ter sobrevivido…”
O jogo, bem sabemos, segue, segue, segue..
Uma resposta
Não podem perder Gareca, ele q deu padrão a esse time!