Em tempos de Jogos Pan-Americanos, imagina-se que alguns países sonhem, a cada edição, em se aproximar da brilhante quantidade de medalhas de outros países como Estados Unidos, Cuba e Canadá. Treinamento de corpo. Treinamento de mente. Treinamento de esperança.
Neste ano de 2019, momentaneamente, quem lidera o quadro de medalhas é o México que, contando as dezessete edições dos Jogos, ocupa a sexta posição geral. Os Estados Unidos vêm em segundo, e é o primeiríssimo, na contagem tanto em medalhas de ouro, quanto no total geral de medalhas de todos os Jogos Pan-Americanos, desde 1951 até 2015 (a edição mais recente, já que, como grandes eventos esportivos mundiais, acontece de quatro em quatro anos).
Os Estados Unidos, certamente, estão exercitando a esperança de manter essa hegemonia. Alguém duvida? E o México, enquanto isso, se mantém extremamente feliz com essa liderança… e haja esperança!
Quem tem exercitado a esperança é o futebol brasileiro, no Campeonato Brasileiro, a saber, alguns times brasileiros que ainda estão na disputa pela Libertadores e pela Sul-Americana. Semana que passou… Semana que virá… Esperança é tudo para alguns. Jogos da vida para todo mundo!
Flamengo, Palmeiras, Internacional, Botafogo, Grêmio, Cruzeiro, Fluminense, Atlético Mineiro, Athletico Paranaense, Corinthians. Até o Santos, que tomou a liderança do Brasileirão (andavam dizendo que isso aconteceria!). Até o São Paulo, que não ganhava nada e, de repente, não mais que de repente, venceu dois jogos seguidos. Todo mundo com fôlego. Todo mundo com esperança (uns, pra retomar; outros, pra não perder; outros ainda, pra começar a ter). Tudo vale muito!
Não é bobagem, não. O poeta português Fernando Pessoa disse isso e é porque vem da alma a nossa força para as coisas que desejamos, inclusive vencer, superar, reverter resultados: “Tudo vale a pena, se a alma não é pequena”.
Enquanto não chega o outro jogo, vamos exercitando a esperança!
