Não, Nadal, não precisa nos agradecer por termos ficado cinco horas vendo você jogar a memorável final do US Open com Medvedev que é, assim como você, incansável. Também somos. Obrigada, de nada.
Nós vimos golaços e até gol olímpico na rodada do campeonato nacional de futebol, mas, não, não precisa nos agradecer, Nadal, por termos esperado até este domingo para ver você e sua raça, você e sua força, você e suas jogadas, você e seu adversário bravíssimo. Ambos digníssimos de uma grande final de um Grand Slam como esse. Obrigada, de nada.
Nós passamos duas semanas repetindo a torcida por Federer, insistindo com Djokovic, curtindo Monfils, temendo Kyrgios, admirando a Osaka, chorando com a Gauff, aplaudindo a Townsend, parabenizando a Andreescu, até pensando no Dimitrov, até atentando para o Berrettini, mas batendo bola com você. De nada, Nadal.
De alguma forma, estávamos sentindo que o jogo era seu, que o clima estava favorável, que o teto retrátil estava aberto para a conquista do novo título ― o 19º de Grand Slam na sua carreira, o 4º no US Open. Não, Nadal, não precisa nos agradecer por ajudarmos a fazer as contas, a contar a história, a guardar na memória. Nós nos emocionamos também. Obrigada, de nada.
Ainda bem que você joga, Nadal. Quem faz o esporte brilhar faz os nossos olhos brilharem também.
Obrigada, Nadal. Nós nos vemos no próximo jogo.
Uma resposta
Que a ciência dê mais alguns anos a ele, e a nós !