A região da coluna lombar está localizada na parte inferior das costas a cima do quadril. A dor nessa região é muito comum que afeta mais de 2 milhões de pessoas por ano, somente no Brasil, é um caso de saúde pública pois é muito dispendiosa em termos de pagamento de planos de saúde, gerar dor e leva a incapacidade das atividades da vida diária fazendo com que a pessoa perca dias de trabalho.
A coluna lombar é formada por 5 vértebras, que sustentam todas as outras vértebras da coluna, por essa razão é a coluna que apresenta mais sobrecarga, os corpos vertebrais são maiores, assim como os processos transverso e laterais. As disfunções mais comuns da região da coluna lombar são:
- Lombalgia e Lombociatalgia
A lombalgia é caracterizada como uma dor mecânica, localizada entre a parte mais baixa do dorso (última costela) e a prega glútea, que aparece após força física excessiva em estruturas normais ou após ação de força física normal em estruturas lesadas. A lombociatalgia surge quando esta dor se irradia para as nádegas e para os membros inferiores.
De acordo com vários estudos epidemiológicos, de 65% a 90% dos adultos poderão sofrer um episódio de lombalgia ao longo da vida, com incidência entre 40% e 80% em várias populações estudadas.
- Hérnia de disco (degeneração do disco)
Na coluna vertebral existe um equilíbrio mecânico entre o segmento anterior da unidade anátomo funcional (corpos vertebrais e disco) e o segmento posterior (articulações interapofisárias ou zigoapofisárias). Quando ocorre a ação de forças mecânicas sobre essas estruturas, pode haver um desequilíbrio levando à dor por estimulação direta de terminações nervosas aí existentes, ou pela liberação de substâncias do núcleo pulposo que desencadeiam dor e processo inflamatório pela degeneração do disco intervertebral.
Figura 1: Fases da degeneração discal.
- Espondilite Anquilosante
A Espondilite Anquilosante (EA) é uma doença reumática crónica, de natureza inflamatória, podendo levar, quando não tratada, à anquilose da coluna vertebral, que assim se torna rígida. Manifesta-se essencialmente por dores nas costas. Esta doença inclui-se num grupo de doenças designadas por Espondiloartrites. Os principais sintomas da EA são as dores nas costas (coluna) e a dificuldade na mobilização.
Figura 2: Coluna com Espondilite Anquilosante
- Espondilolistese
A espondilolistese é o escorregamento de um corpo vertebral sobre o outro corpo adjacente. Existem alguns tipos de espondilolistese: Displasia (associada a defeito de formação); Ístmica (defeito vertebral por estresse mecânico, mais comum em crianças e adolescentes); Degenerativa (causada pelas alterações adaptativas da coluna ao processo de envelhecimento); Traumática (por quedas, acidentes); Patológica (relacionada à presença de tumores).
Devido à variedade dos fatores causais, os diferentes tipos de espondilolistese podem ter apresentações clínicas distintas. Vale ressaltar que sintomas como dor lombar, depressões da pele na região lombar, contratura da musculatura posterior da coxa (que pode causar dificuldade de marcha) e dor irradiada para os membros inferiores podem estar presentes independente do fator causal.
Figura 3: Graus da espondilolistese
O tratamento consiste em um trabalho multidisciplinar, o médico ortopedista, o fisioterapeuta e o educador físico. A fisioterapia irá realizar uma avaliação e traçar a melhor conduta de tratamento, que basicamente consiste em alívio da dor, reequilíbrio muscular que pode ser feita através da estabilização segmentar e o RPG, e restabelecer a função e permitir o retorno do paciente para as atividades de vida diárias.
Sempre procure um especialista da área da saúde.